Na manhã desta terça-feira (8), a segunda fase da Operação Capital Oculto resultou na prisão de 14 pessoas, incluindo dois dos principais alvos: Alandilson Cardoso Passos e Leonardo Oliveira da Costa, popularmente conhecido como “Léo Gordim”. As investigações conduzidas pela polícia mostram que, mesmo de dentro do presidio, os suspeitos orquestravam um esquema complexo de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que se estendia por estados como Piauí, Maranhão e Ceará.
Detalhes da Operação Capital Oculto
De acordo com o delegado Samuel Silveira, a operação visou cumprir 42 mandados judiciais, incluindo 21 de prisão. As investigações têm sido abrangentes, abrangendo desde a venda de drogas nas comunidades até intermediários que agenciavam negócios relacionados ao tráfico. “Estamos agindo na raiz do problema, buscando não apenas os traficantes, mas também empresários que lavam dinheiro para a facção criminosa”, destacou o delegado.
As ações do Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico do Piauí) visam desarticular a facção criminosa conhecida como “Bonde dos 40”. A operação revelou um esquema elaborado em que os líderes, mesmo presos, comandavam as atividades criminosas por meio de celulares e ordens transmitidas pela internet.
Consequências das prisões
Os presos deverão enfrentar consequências severas, com aqueles investigados por lavagem de dinheiro sendo obrigados a usar tornozeleira eletrônica, enquanto os que têm ligações diretas com a facção enfrentam mandados de prisão. Um dos empresários envolvidos, Marcus Vinícius Veloso Nogueira, ainda está foragido, em um desdobramento que comprova a gravidade e abrangência das ações da facção.
O caso envolvendo Alandilson Passos é ainda mais delicado, pois ele está em uma relação com a vereadora Tatiana Medeiros, que, embora tenha sido denunciada por corrupção eleitoral e organização criminosa, não é alvo direto da operação em questão. Passos já se encontra preso desde novembro de 2024 sob acusações de tráfico de drogas.
O papel de Léo Gordim
Leonardo Oliveira da Costa, ou Léo Gordim, é um dos principais nomes da organização criminosa. Ele foi preso em Fortaleza em outubro de 2024 e possui um longo histórico criminal, que inclui o sequestro do tesoureiro do Banco do Brasil em 2017 e uma série de homicídios. Provas sugerem que mesmo enquanto estava encarcerado, ele continuava a coordenar as ações da facção, o que evidencia a força e a organização do crime organizado em nossa sociedade.
Outros envolvidos e suas histórias
Outro alvo da operação, Deivison José dos Santos Lima, também foi detido na manhã de hoje. Ele tinha um passado criminal que inclui a participação em um “racha” que resultou na morte de duas pessoas em março de 2018. Valdeci da Silva Lima, conhecido como “Brizola”, é outro detido que, juntamente com seu irmão, é suspeito de tráfico e lavagem de dinheiro. Brizola viveu momentos de violência extrema, incluindo uma tentativa de assassinato em julho de 2022 após ter sido baleado durante a inauguração de seu supermercado.
A luta contra o tráfico no Brasil
A Operação Capital Oculto é um passo significativo na luta contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, problemas que afetam não apenas o Piauí, mas em todo o Brasil. A continuidade dessas investigações é crucial para desmantelar as facções criminosas que operam em diversas regiões, levando à segurança e à justiça para as comunidades impactadas. O fortalecimento das estratégias policiais e o apoio da população são fundamentais para que a luta contra o crime organizado seja eficaz e duradoura.
A sociedade brasileira aguarda ansiosamente a evolução dessas investigações, o que pode levar a um maior controle e a diminuição da violência associada ao tráfico de drogas. O trabalho da polícia e do Ministério Público é essencial para restaurar a ordem e refazer laços de confiança com as comunidades perturbadas por esse tipo de crime.
