Brasil, 9 de setembro de 2025
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O impacto da tarifa dos EUA nos pequenos produtores da Amazônia

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva garante suporte a pequenos e médios produtores afetados pela tarifa de 50% imposta por Donald Trump.

Na manhã desta terça-feira (9/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista à Rede Amazônica, onde abordou a preocupação com os pequenos e médios produtores da região Norte do Brasil, impactados pela tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula garantiu que essas categorias não serão prejudicadas, destacando as ações do governo para ampará-los.

A tarifa de 50% e seus efeitos

A sobretaxa, que entrou em vigor em agosto, afeta diversos produtos da Amazônia, incluindo açaí, castanhas, cacau, mel e pescados. Em sua declaração, Lula enfatizou que o governo está comprometido em proteger os interesses desses produtores. “Nenhum pequeno produtor de açaí, de mel, de castanha, ninguém vai ser prejudicado porque o governo não vai permitir que pequenos e médios produtores sejam prejudicados. Nós já criamos um fundo para ajudar a financiar quem possivelmente tem problema”, afirmou.

Alternativas de mercado e apoio governamental

Além de assegurar que a tarifa não prejudicará os pequenos e médios produtores, Lula anunciou que o governo buscará novas alternativas de mercado para compensar os impactos econômicos. Durante a entrevista, o presidente também declarou que o governo poderá comprar alimentos destinados à merenda escolar, ajudando assim a estimular o mercado local e a garantir a venda dos produtos.

“Se for necessário, o governo assume a responsabilidade de não permitir que os nossos pequenos e médios produtores sofram com a irresponsabilidade da taxação”, frisou o presidente, ressaltando o papel do governo na proteção da produção local.

Combate ao crime organizado na Amazônia

Outro ponto abordado por Lula foi a questão do combate ao crime organizado na Amazônia. Na mesma data, o presidente anunciou a inauguração de um Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, localizado em Manaus (AM). O centro contará com a colaboração de diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, além de representantes de estados e países que fazem parte da Amazônia Legal.

“Tem muita gente envolvida [no crime organizado]. Por isso estamos montando um Centro de Investigação na Amazônia para que a gente possa, numa combinação com outros países e com nossos governadores, ser mais agressivo no combate ao narcotráfico, ao tráfico de armas e mais agressivo para proteger nossa floresta”, explicou Lula, enfatizando a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar esses desafios.

Retomada da BR-319 com responsabilidade ambiental

Além das questões econômicas e de segurança pública, Lula também discutiu a questão da infraestrutura, especificamente a pavimentação do trecho do meio da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Esta obra tem sido alvo de controvérsias na Justiça em razão de suas implicações ambientais. O presidente garantiu que a rodovia será construída, mas enfatizou que o respeito ao meio ambiente será uma prioridade.

“Vamos fazer a BR-319, eu posso te garantir. Mas vamos fazer de comum acordo com os ambientalistas, com aqueles que precisam da estrada e, sobretudo, para atender duas capitais que não podem ficar isoladas como Porto Velho e Manaus”, comprometeu-se Lula.

Em síntese, a entrevista de Lula destaca a determinação do governo em criar um ambiente favorável aos pequenos e médios produtores da Amazônia, ao mesmo tempo em que aborda questões cruciais como segurança e infraestrutura. Com as medidas anunciadas, o presidente busca promover o desenvolvimento regional, mantendo um olhar atento às necessidades do meio ambiente e da segurança pública.

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