Brasil, 10 de setembro de 2025
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Lula defende exploração responsável da Amazônia em evento

Presidente ressalta a necessidade de exploração sustentável durante cerimônia em Manaus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (9/9), que o governo brasileiro não vê a Amazônia como um “santuário intocável da humanidade”. Durante uma cerimônia em Manaus, que marcou a instalação do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, Lula defendeu a exploração da floresta “de forma correta e responsável”, ressaltando a necessidade de equilibrar desenvolvimento e preservação ambiental.

“Nós não somos daqueles que achamos que a floresta amazônica é um santuário da humanidade, que não pode mexer em uma folha. Não. Nós achamos que ela tem que ser explorada de forma correta, responsável, tirando aquilo que a gente pode tirar, repondo aquilo que a gente tem que repor, mas garantindo que a floresta continue sendo essa coisa importante na sobrevivência do nosso querido planeta Terra”, defendeu Lula.

A exploração da Amazônia e suas implicações

A declaração de Lula não é uma novidade; o presidente já havia defendido anteriormente a busca por combustíveis fósseis na Foz do Amazonas, uma região rica em recursos naturais, localizada no extremo norte do país. Sua perspectiva sugere um enfoque pragmático, que busca garantir a exploração dos recursos da floresta, com um compromisso simultâneo de conservação.

Recentemente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou um parecer favorável ao plano técnico de resgate de fauna que foi apresentado pela Petrobras, em relação a um possível derramamento de óleo na Foz do Amazonas. Este parecer pode sinalizar uma maior flexibilização das regras que cercam a exploração dessa região, levantando preocupações entre ambientalistas.

No entanto, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, uma conhecida defensora do meio ambiente, tem atuado em defesa de um Ibama que mantenha sua independência técnica, sem a interferência de pressões políticas. Durante o evento em Manaus, ela se comprometeu a garantir um processo de análise mais rigoroso da exploração na Foz do Amazonas.

Iniciativas no combate ao desmatamento e queimadas

Durante a cerimônia, o governo anunciou novas parcerias importantes. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) assinaram acordos para implementar um programa focado na redução do desmatamento e das queimadas, um problema que assola diversas regiões do Brasil.

Além disso, um acordo entre o BNDES e o Memorial Chico Mendes resultou no projeto Sanear Amazônia, que busca garantir o acesso à água potável e a produção de alimentos em comunidades rurais da Amazônia. Essas iniciativas refletem uma tentativa de equilibrar a exploração econômica e a conservação ambiental de maneira mais sustentável.

Números sobre desmatamento e queimadas no governo Lula

Desde o início de seu mandato, Lula declarou que irá ampliar a agenda ambiental no Brasil. Segundo dados do 6º Relatório Anual de Desmatamento (RAD), publicado por MapBiomas, houve uma queda de 32,4% na área total desmatada em 2024 em comparação ao ano anterior. Este é o segundo ano consecutivo de redução, com 1.242.079 hectares desmatados, sendo que 83% desse total se concentrou em áreas do Cerrado e da Amazônia.

Complementando esta redução, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil registrou uma queda de 65% nos focos de calor. Esses números são promissores, mas ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a proteção efetiva da Amazônia.

Em conclusão, o discurso e as ações do governo Lula acerca da Amazônia revelam uma complexidade que busca aliar exploração e preservação. A discussão continua polarizada, refletindo a importância da Amazônia não apenas para o Brasil, mas para o planeta como um todo.

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