O astro da National Basketball Association (NBA), LeBron James, demonstrou seu apreço pelas amizades que construiu na China ao escrever um artigo op-ed para um jornal local, enfatizando como o basquete conecta pessoas ao redor do mundo. Sua declaração não apenas reflete seu amor pelo esporte, mas também suas complexas interações com a cultura e a política chinesa.
Importância do Artigo
LeBron, membro do Los Angeles Lakers e um dos atletas mais reconhecidos na história do esporte, está prestes a iniciar sua 23ª temporada na NBA. Em suas mais de duas décadas de carreira, ele já visitou a China 15 vezes, onde teve experiências positivas e fez novas conexões. James se destacou como o maior pontuador da NBA, mas suas declarações sobre a China e o governo comunista do país geraram polêmicas.
Críticas surgiram especialmente após um incidente em 2019, quando o ex-gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, postou um tweet em apoio a Hong Kong, resultando em uma resposta de James que insinuou que Morey “não estava educado” sobre a situação. Tal postura foi interpretada por muitos como uma falta de coragem moral, já que muitos acreditam que James prioriza suas relações comerciais na China.
Além disso, James enfrentou reações de fãs que, diante de suas decisões de protestar contra a violência policial nos EUA, incentivaram o jogador e outros atletas a “se mudarem para a China”. Essas tensões refletem a linha delicada que ele deve percorrer entre engajamento político e interesses comerciais.
O que sabemos sobre o artigo
No artigo intitulado O basquete é uma ponte que nos conecta a todos, publicado na edição de segunda-feira do People’s Daily, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, LeBron ressaltou sua gratidão pela calorosa recepção que recebeu ao longo de suas 15 visitas ao país. “Estou profundamente emocionado pela paixão e amizade dos meus amigos chineses, e só posso expressar minha gratidão jogando meu melhor em cada partida”, disse.
James destacou a conexão que o basquete pode criar entre povos de diversas culturas. Ele recordou um encontro que teve com uma jogadora universitária de basquete na China e sua esperança de inspirar a próxima geração de jovens. “O ambiente do basquete na China sempre foi surpreendente”, declarou, elogiando o talento em ascensão entre os jovens jogadores locais.
Reações ao op-ed
As reações à publicação do artigo foram variadas. Michael Sobolik, um importante pesquisador do Hudson Institute, expressou sua crítica nas redes sociais, lembrando que James havia criticado Morey em 2019 e não havia se manifestado sobre os Uigures, tibetanos ou outros grupos perseguidos na China. “É uma situação grotesca que ele não mencione esses assuntos em sua comunicação”, afirmou.
Próximos passos para LeBron James
A temporada regular da NBA está programada para começar em 21 de outubro, e os olhos estarão voltados para LeBron e como suas ações e declarações podem afetar suas relações com fãs tanto nos Estados Unidos como na China. Ao continuar a promover interações culturais por meio do basquete, ele deve enfrentar o complexo cenário político que envolve o país. A relação de LeBron com a China exemplifica a interseção entre esporte, cultura e política em um mundo cada vez mais interconectado.