Brasil, 13 de setembro de 2025
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Gleisi Hoffman critica ameaças dos EUA ao Brasil por caso Bolsonaro

Ministra de Relações Institucionais defende liberdade de expressão e acusa conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, fez duras críticas nesta terça-feira (9) à declaração da Casa Branca sobre a possibilidade de os Estados Unidos utilizarem seu “poder militar” para retaliar o Brasil em decorrência do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A resposta veio após a porta-voz da presidência americana, Karoline Leavitt, afirmar que o presidente Trump não hesitaria em usar “meios militares” para defender a liberdade de expressão global.

Reação do governo brasileiro

Gleisi Hoffman não poupou palavras ao descrever a situação. Em uma postagem nas redes sociais, a ministra considerou que o que ocorre é uma “conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil”, referindo-se às ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que busca apoio dos EUA para impor sanções ao Brasil. “Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias; agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível”, declarou a ministra.

A liberdade de expressão em debate

Hoffman também criticou a noção de que as ações promovidas por grupos ligados ao ex-presidente estariam ligadas à defesa da liberdade de expressão. “Ainda dizem que estão defendendo a liberdade de expressão. Só se for a liberdade de mentir, de coagir a Justiça e de tramar golpe de Estado. Estes sim, os crimes pelos quais Bolsonaro e seus cúmplices estão sendo julgados no devido processo legal”, acrescentou Gleisi, reforçando a ideia de que o julgamento de Bolsonaro deve seguir sem interferências externas.

Posição da Casa Branca

Após as declarações de Hoffman, Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, declarou que não havia “ações adicionais” contra o Brasil previstas naquele momento. “O presidente não tem medo de usar o poderio econômico e militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão no mundo”, afirmou Leavitt, em resposta a perguntas sobre possíveis novas sanções em relação à situação que envolve Jair Bolsonaro.

Julgamento de Jair Bolsonaro

O caso de Jair Bolsonaro, que é acusado de envolvimento em uma trama golpista, está sob julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A Primeira Turma do Supremo retomou o julgamento nesta terça-feira, com dois dos cinco ministros já votando pela condenação do ex-presidente e dos demais réus envolvidos. A sessão foi suspensa e será retomada amanhã (10), quando os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin devem emitir seus votos.

Este julgamento é um dos mais aguardados do Brasil e pode ter implicações significativas tanto no cenário político nacional quanto nas relações exteriores do país. As reações e posicionamentos, tanto de líderes brasileiros quanto internacionais, são fundamentais para entender a gravidade da situação.

O conflito entre as declarações da Casa Branca e a defesa ferrenha que Gleisi Hoffman faz da soberania e da integridade do Brasil levanta questões sobre a crescente tensão nas relações entre os dois países. Enquanto a ministra defende uma postura firme contra o que considera uma tentativa de interferência externa, o governo dos EUA se posiciona sob a perspectiva da proteção à liberdade de expressão, revelando um choque de princípios que pode reverberar por um longo tempo no relacionamento bilateral.

A defesa da liberdade de expressão e a acusação de conspirações políticas marcam um cenário complexo, exigindo atenção e análise por parte de toda a sociedade. O desfecho do julgamento de Jair Bolsonaro poderá trazer novos desdobramentos para a política brasileira e sua relação com o exterior.

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