Brasil, 12 de setembro de 2025
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Dia da Independência polariza disputa política para 2026

O Dia da Independência ficou marcado por manifestações políticas, evidenciando a polarização e os indícios da luta pela presidência em 2026.

No último domingo (7/9), o Dia da Independência do Brasil foi palco de intensas manifestações políticas, refletindo a polarização que marca o cenário atual e servindo como uma prévia da disputa presidencial de 2026. De um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) procurou reafirmar a defesa da soberania nacional durante o desfile cívico-militar em Brasília, enquanto do outro lado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se apresentou na Avenida Paulista como a principal voz da direita, defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A polarização das manifestações

O presidente Lula participou do desfile ao lado de ministros, militares e aliados políticos. O evento enfatizou a 30ª Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém (PA), e o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante um pronunciamento em rede nacional no sábado (6/9), Lula fez um apelo ao uso do Pix, cobrou a regulação das redes sociais e criticou as ações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao Brasil.

“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, enfatizou o presidente.

Na capital paulista, Tarcísio de Freitas subiu em um carro de som para criticar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF), ao mesmo tempo em que defendia Jair Bolsonaro. Em seu discurso, Tarcísio exclamou: “Vamos defender a nossa democracia representativa. E é fundamental que para isso as pessoas possam ser avaliadas nas urnas. Para isso é fundamental que nós tenhamos Jair Messias Bolsonaro na eleição do ano que vem. Só existe um candidato para nós que é Jair Messias Bolsonaro.” Tarcísio, embora ainda não tenha se posicionado oficialmente como pré-candidato, está se consolidando como um potencial herdeiro do eleitorado bolsonarista.

Cerco judicial a Jair Bolsonaro

Bolsonaro enfrenta uma série de desafios legais e políticos. Em novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente por tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em fevereiro de 2025, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao STF por organização criminosa e outros crimes. Desde então, Bolsonaro tem se colocado em uma posição defensiva enquanto Tarcísio tenta assimilar o apoio do eleitorado bolsonarista.

Como um passo significativo, Tarcísio tem atuado em prol da aprovação da anistia ao ex-presidente, um tema que atualmente se encontra parado na Câmara dos Deputados. Tarcísio manteve um tom moderado, insistindo em se aliar às bandeiras de Bolsonaro, até mesmo em questões de política externa, criticando o governo Lula por sua postura diante da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O caminho para 2026

De acordo com a pesquisa Quaest divulgada em 21 de agosto, Lula tem uma vantagem significativa sobre todos os possíveis adversários em um segundo turno para 2026, inclusive sobre Tarcísio de Freitas. Em um cenário simulado, Lula alcança 35% das intenções de voto, enquanto Tarcísio fica com 17%. Essa pesquisa foi realizada antes dos últimos desdobramentos judiciais envolvendo Bolsonaro e seu filho, Eduardo. Embora Tarcísio tenha se colocado como um aliado de Bolsonaro durante as manifestações, Lula evita dar declarações públicas de apoio ao governador de São Paulo.

Com as fragilidades no cenário do governo federal e a intensificação da polarização entre os discursos de Lula e Tarcísio, a disputa pela presidência em 2026 promete ser acirrada e física, com o reflexo das manifestações do último Dia da Independência ressoando ao longo do caminho eleitoral.

À medida que o Brasil se aproxima das próximas eleições, a polarização entre esquerda e direita se torna um tema central na política nacional, incitando questionamentos sobre o futuro do país e a capacidade dos candidatos em realmente representar os interesses de seus eleitores. No fim, o que estará em jogo em 2026 será mais do que uma simples escolha entre candidatos, mas a definição do rosto do Brasil nos próximos anos.

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