Brasil, 8 de setembro de 2025
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Uso de cheques no Brasil cai 21,9% no primeiro semestre de 2025

Dados da Febraban apontam redução no uso de cheques, mas aumento no valor médio das transações realizadas pelo método

O uso de cheques no Brasil diminuiu 21,9% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, revelou levantamento divulgado nesta segunda-feira (8/9) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Queda na compensação de cheques e movimentação financeira

Segundo a entidade, 50 milhões de cheques foram compensados no país até junho, totalizando uma movimentação de R$ 211 bilhões. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 64 milhões de cheques, representando R$ 236 bilhões em operações. Os dados são baseados no Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe), mecanismo regulado pelo Banco Central que processa as transações.

Valor médio dos cheques cresce 14,2%

Apesar da redução no número de cheques utilizados, o valor médio das operações saltou 14,2% no semestre, atingindo R$ 4.118, ante R$ 3.606 em 2024. De acordo com Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban, esse aumento revela que “o brasileiro ainda tem preferência por este meio de pagamento nas transações de maior valor”.

“O cheque ainda é mantido por comerciantes para parcelamentos ou como forma de crédito e pagamento a fornecedores”, afirmou Walter Faria.

Motivos do uso contínuo de cheques entre empresas e consumidores

Faria destaca que as empresas representam mais de 50% dos cheques emitidos, muitas vezes por motivos de confiança com fornecedores e maior prazo nas condições de pagamento. Entre as pessoas físicas, o uso persiste devido à relação de confiança com investidores e à busca por condições vantajosas, como descontos e prazos mais longos, além da possibilidade de não precisar de limite de crédito disponível.

Perspectivas para o mercado de pagamentos

A queda no uso de cheques reflete a transição para meios digitais, mais rápidos e eficientes. No entanto, a preferência por cheques em operações de maior valor evidencia que esse método ainda encontra espaço no cenário financeiro brasileiro. Especialistas apontam que a evolução tecnológica deve continuar a reduzir a circulação de cheques, mas sem eliminá-la totalmente, principalmente em transações comerciais de maior porte.

Para mais detalhes, acesse o relatório completo da Febraban.

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