Brasil, 8 de setembro de 2025
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Supermercados europeus pedem veto à compra de soja desmatada no Brasil

Supermercados e varejistas da Europa solicitam às empresas globais de grãos que não comprem soja de áreas desmatadas após suspensão da Moratória da Soja pelo Cade.

Grandes redes supermercadistas europeias, como Tesco, Sainsbury’s e Aldi, assinaram uma carta nesta sexta-feira (5) pedindo às empresas de comercialização de grãos que não adquiram soja proveniente de áreas desmatadas no Brasil. A iniciativa ocorre três semanas após a suspensão do acordo da Moratória da Soja pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Relevância da Moratória da Soja

Assinada em 2006, a Moratória da Soja visa proteger a floresta amazônica ao estabelecer que tradings de soja não comprem de produtores que tenham desmatado áreas na região depois de julho de 2008. O objetivo é evitar a devastação ambiental e preservar o bioma.

Pedido dos varejistas e preocupações com o futuro do acordo

Na carta, as redes de supermercados pedem aos CEOs das principais empresas de trading — como ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus Company e a chinesa Cofco — que reafirmem publicamente a data de 2008 como limite para a proibição de compra de soja de áreas desmatadas. Segundo a carta, o momento é crítico para o futuro da Moratória, que por quase duas décadas tem sido um pilar na preservação da Amazônia.

A preocupação dos varejistas visa a continuidade do compromisso de defesa do meio ambiente na cadeia de suprimentos. “Estamos escrevendo a vocês em um momento crítico para o futuro da Moratória da Soja na Amazônia, uma iniciativa que suas empresas têm defendido, protegendo a Amazônia por quase duas décadas”, destacaram em trecho da carta, que teve como fonte a agência de notícias Reuters.

Ameaças à moratória e a decisão do Cade

A suspensão do acordo pelo Cade representa uma ameaça à efetividade do compromisso ambiental, segundo avalia o texto. As tradings ainda não responderam oficialmente aos pedidos de comentários feitos pela Reuters. Os varejistas também apontaram que apoiam os esforços dos traders para recorrer da decisão judicial que suspendeu temporariamente a moratória, por entender que medidas como essa são essenciais para eliminar incertezas no mercado.

Medidas futuras e busca por segurança ambiental

Caso a moratória venha a ser suspensa definitivamente, os supermercados afirmaram que aguardam que os traders implementem imediatamente medidas provisórias de conformidade até que uma solução duradoura seja encontrada para proteger a floresta. Dessa forma, tentam garantir que o abastecimento de soja continue alinhado ao compromisso de sustentabilidade e preservação ambiental.

Perspectivas para o plantio e desafio climático em MT

Além do cenário internacional, um fator climático pode atrasar o início do plantio de soja em Mato Grosso, uma das principais regiões produtoras do Brasil. Segundo especialistas, o tempo seco previsto deve impactar a data de início da safra na região, aumentando a complexidade do ciclo agrícola neste ano. Para mais detalhes, veja a reportagem completa no site do G1.

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