Brasil, 8 de setembro de 2025
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Reag Investimentos vende controle acionário e João Carlos Mansur deixa conselho

Após envolvimento na Operação Carbono Oculto, gestora Reag vende participação por R$ 100 milhões; fundador Mansur renuncia ao cargo

A Reag Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do Brasil, anunciou a venda de seu controle acionário e a saída do fundador João Carlos Mansur do Conselho de Administração. A decisão foi divulgada neste fim de semana, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), visando preservar a reputação da empresa diante das recentes investigações relacionadas à Operação Carbono Oculto.

Venda do controle e mudanças na gestão

Segundo o documento, a Reag firmou um acordo com a Arandu Partners Holding, formada por seus principais executivos, para vender 87,38% de sua participação na companhia por aproximadamente R$ 100 milhões. Essa quantia inclui uma parcela variável atrelada à receita líquida operacional da empresa ao longo de cinco anos. A operação ainda depende de etapas de oferta pública de aquisição de ações (OPA) e aprovação dos acionistas minoritários.

Reforço na governança e continuidade

João Carlos Mansur oficializou sua renúncia ao cargo de presidente do Conselho, enquanto Altair Tadeu Rossato deixou o cargo de membro independente do comitê de auditoria. Fabiana Franco, ex-diretora financeira, também sairá, sendo substituída por conselheiros que permanecerem no mandato. A empresa destacou que a medida busca garantir a estabilidade da gestão e a integridade dos negócios.

Implicações da Operação Carbono Oculto

As investigações apontaram irregularidades na produção e distribuição de combustíveis, envolvendo esquema bilionário de fraudes, lavagem de dinheiro, fintechs e fundos de investimento. A operação também evidenciou ligações da Reag com times de futebol e crescimento acelerado na Faria Lima, principal centro financeiro de São Paulo.

Reação e posicionamento da Reag

Em nota oficial, a Reag reafirmou que recebeu as informações com surpresa e que nega qualquer envolvimento em atividades ilegais. A gestora destacou que diversos fundos citados na operação nunca estiveram sob sua administração ou gestão e que já renunciou a oito fundos mencionados nas investigações. Além disso, garantiu possuir controles internos rigorosos, alinhados às exigências regulatórias.

Perspectivas futuras e obstáculos

A companhia reforçou que buscou potenciais parceiros independentes, após mandatos de busca e apreensão na região da Avenida Faria Lima. Segundo ela, a saída de Mansur não impactará operações em outras empresas do grupo, como a Ciabrasf, especializada em fundos e serviços fiduciários, que deve manter sua atuação normalmente.

A venda do controle e as alterações na gestão representam uma tentativa da Reag de recuperar sua imagem e assegurar a continuidade do negócio, em um momento de forte crise de confiança no setor financeiro e de investimentos.

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