Brasil, 9 de setembro de 2025
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Nova tecnologia pode revolucionar o fornecimento de sangue

Startup israelense desenvolve célula vermelha universal para transfusões seguras.

Uma startup de biotecnologia israelense está desenvolvendo uma tecnologia que promete revolucionar o abastecimento global de sangue, ao produzir células vermelhas universais a partir de células-tronco em larga escala. A empresa, chamada RedC Biotech e fundada pelo Dr. Ari Gargir, está trabalhando para cultivar essas células em grandes biorreatores, com potencial para gerar centenas de unidades prontas para transfusão simultaneamente. O objetivo é fornecer um suprimento confiável e acessível de sangue para hospitais em todo o mundo, contornando as limitações da doação humana.

Desafios globais na doação de sangue

“Em países avançados como Israel, Europa e Extremo Oriente, há períodos transitórios de escassez, enquanto em países menos desenvolvidos, as faltas são extremas, resultando em mortes devido à insuficiência de sangue ou à qualidade inadequada”, afirmou Gargir. Esse contexto evidencia a necessidade urgente de soluções inovadoras para garantir o acesso ao sangue seguro, especialmente em regiões que sofrem com a falta desse recurso vital.

Processo inovador de produção de células vermelhas

O processo possui início com as células-tronco, que têm a capacidade de se dividir e se expandir indefinidamente quando bem cultivadas. “Se receberem os estímulos e sinais corretos, elas podem se transformar em qualquer tipo celular do corpo”, explicou Gargir. A visão é produzir, um dia, milhares de litros em grandes biorreatores, onde cada unidade poderá gerar centenas de unidades de sangue, que serão colhidas, testadas, embaladas e enviadas para hospitais em todo o mundo.

Equipe dedicada e expertise científica

O principal cientista da RedC, Dr. Oren Inzelberg Yifa, especialista em cultivo de células-tronco, ficou imediatamente atraído pelo projeto. “Li sobre a empresa e vi que era algo que me interessava. É algo com que posso contribuir com meu conhecimento”, comentou.

Para Gargir, a missão vai além da inovação tecnológica. “Trinta e cinco anos atrás, quando eu era estudante de biologia, sofri um acidente ao parapente e perdi muito sangue. Uma transfusão como essa me salvou”, recordou.

Um impacto global positivo

Gargir enfatiza que a tecnologia pode salvar milhões de vidas. “Não será necessário nenhum doador. Teremos um tipo de sangue que poderá atender a todos. Cerca de 2 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo devido à perda de sangue. Se conseguirmos disponibilizá-lo em qualquer lugar e a qualquer momento, podemos salvar muitas dessas vidas”, declarou.

Futuro de produção em larga escala

No laboratório da RedC, as células-tronco são armazenadas a temperaturas abaixo de menos 150 graus Celsius. Quando descongeladas e cultivadas, cada ponto visível em uma placa de cultura representa uma célula única, que se multiplica em milhões. “O potencial é sem fim”, revelou Inzelberg Yifa.

A RedC Biotech está avançando para escalar suas operações, com planos de avançar para estudos pré-clínicos e clínicos, além de produção em larga escala. A empresa imagina fábricas ao redor do mundo produzindo células vermelhas universais, sob as regulamentações locais, para garantir acesso confiável nas áreas mais afetadas por escassez.

Para mais informações sobre o trabalho da empresa, clique aqui.

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