O mercado financeiro interrompeu um ciclo de 14 semanas de queda nas projeções de inflação para este ano e manteve a estimativa do IPCA em 4,85%. As expectativas para 2026, 2027 e 2028, no entanto, tiveram novos ajustes para baixo, respectivamente, para 4,30%, 3,93% e 3,70%. A divulgação foi feita nesta quarta-feira (25) pelo Relatório Focus, do Banco Central, e representa uma mudança na tendência de diminuição persistente nas projeções inflacionárias.
Estabilidade na projeção deste ano
A manutenção da previsão de 4,85% para 2024 marca o fim de uma sequência de 14 semanas consecutivas de redução nas expectativas de inflação. Segundo analistas, esse comportamento reflete dificuldades na trajetória de queda inflacionária devido a fatores como o aumento dos preços dos alimentos e tarifas públicas.
Revisões para os anos seguintes
Para os anos seguintes, o mercado ajustou suas projeções, indicando que a inflação deverá ficar abaixo do centro da meta de 3,75% para 2026, 2027 e 2028. Os novos números revelam uma expectativa de desaceleração mais acentuada, contribuindo para a confiança na consolidação de uma trajetória de controle inflacionário ao longo da próxima década.
Contexto e expectativas
Especialistas avaliam que o ajuste nas projeções para os próximos anos sinaliza um otimismo moderado em relação à estratégia do Banco Central de manter a política de juros elevados para combater a inflação. “A estabilidade na estimativa de 2024 indica que o mercado acredita na manutenção das medidas atuais, embora riscos externos possam afetar essa perspectiva”, afirmou Ricardo Ribeiro, economista do Instituto Brasileiro de Economia.
Perspectivas futuras
Segundo o relatório, as expectativas de inflação mais baixas para 2026 a 2028 refletem a percepção de que a política monetária deve permanecer firme, aliado à expectativa de melhora na dinâmica de preços e na recuperação econômica. A expectativa é que, com a continuidade do ambiente de juros altos, o país consiga alcançar a meta inflacionária oficialmente estabelecida.
A matéria completa está disponível apenas para assinantes. Para acesso integral, acesse o link da matéria e faça seu cadastro.