Brasil, 8 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Itaipu ultrapassa 3,1 bilhões de MWh produzidos desde 1984

A usina de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai, alcançou recorde histórico de produção de energia, representando 9% do consumo brasileiro

A Usina Hidrelétrica de Itaipu atingiu a marca inédita de 3,1 bilhões de megawatts-hora (MWh) produzidos desde sua entrada em operação, em 1984. O recorde foi alcançado às 18h54 da última sexta-feira (5), conforme divulgado nesta segunda (8) pela Itaipu Binacional, responsável pela operação do empreendimento.

Marco de produção e impacto mundial

Para ter uma ideia da magnitude, a produção de 3,1 bilhões de MWh é suficiente para abastecer o mundo inteiro por 44 dias ou o Brasil por mais de seis anos. Mesmo antes de atingir essa marca histórica, Itaipu já era considerada a maior geradora de energia elétrica do planeta. Localizada na fronteira entre o Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, e o Paraguai, a usina é administrada de forma binacional, com produção dividida igualmente entre os dois países.

Segundo Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu, o marco não representa apenas uma estatística, mas simboliza “décadas de trabalho conjunto entre brasileiros e paraguaios, inovação tecnológica e compromisso com o desenvolvimento sustentável”.

Histórico de crescimento

A construção de Itaipu começou em 1973, e a produção de energia foi iniciada nove anos depois, impulsionada por um enorme reservatório no Rio Paraná. O primeiro bilhão de MWh foi atingido em 2001, durante um período de crise de racionamento de energia no Brasil. Em agosto de 2012, a usina chegou a 2 bilhões de MWh, e a marca de 3 bilhões foi batida em 10 de março de 2024.

Distribuição e venda de energia

De acordo com o tratado que regula a usina, a energia gerada é dividida igualmente entre Brasil e Paraguai. Contudo, qualquer excedente que o país não consome pode ser vendido ao parceiro. Atualmente, Itaipu responde por cerca de 9% do consumo de energia elétrica brasileiro, atuando também como uma “bateria natural” do sistema elétrico nacional, pronta para gerar energia sob demanda.

A importância como força de reserva energética

Esse papel estratégico é especialmente relevante na geração de energia por fontes intermitentes, como solar e eólica, que dependem de condições climáticas variáveis. Itaipu costuma fornecer até 30% do atendimento às rampas de consumo no fim de tarde, garantindo estabilidade na transmissão de energia. Renato Sacramento, diretor-técnico-executivo da usina, reforça que “mais do que a produção em si, é o papel estratégico de Itaipu em garantir a confiabilidade do sistema”.

Crescimento da demanda e planos futuros

Historicamente, o excedente de energia de Itaipu sempre era adquirido pelo Brasil, já que a maior parte era consumida aqui — até 95% nos primeiros anos. Hoje, essa proporção caiu para 69%, enquanto o Paraguai consome cerca de 31%. Entretanto, a demanda do lado paraguaio vem crescendo rapidamente, impulsionada pelo aumento da economia, do uso de data centers e atividades de mineração de criptomoedas, que têm alta demanda energética.

Com a projeção de que até 2035 o Paraguai não terá mais excedente de energia, Itaipu estuda a construção de mais duas turbinas geradoras, além das atuais 20, para atender ao crescimento do consumo paraguaio. Além disso, a usina está investindo na diversificação de fontes renováveis, como parques solares no reservatório, energia de hidrogênio verde e biogás, com investimentos em tecnologia e inovação em andamento desde 2022.

Conforme revelado pela Agência Brasil, esses projetos visam ampliar a capacidade de geração, que atualmente é de 14 mil megawatts (MW), e garantir a sustentabilidade do sistema no futuro. A modernização do parque inclui investimentos de cerca de US$ 670 milhões, sem alteração nas turbinas existentes, que estão em excelente estado de conservação.

Para saber mais detalhes sobre os projetos e a evolução da usina, acesse o resultado completo na Agência Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes