Brasil, 8 de setembro de 2025
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Florida pode enfrentar aumento de doenças contagiosas entre crianças

Decisão do chefe de saúde da Flórida de retirar exigências de vacinação pode levar a mais infecções e mortes infantis no estado

O Surveillance General da Flórida, Dr. Joseph Ladapo, pretende eliminar as obrigatoriedades de vacinação em escolas, o que deve resultar em maior número de doenças, hospitalizações e, possivelmente, mortes de crianças pequenas. Essa medida representa um risco à saúde pública, afetando não só o estado, mas podendo influenciar outras regiões a seguirem o mesmo caminho.

Impacto na cobertura vacinal e risco de surtos

Ao retirar a exigência de imunização, a adesão às vacinas deve diminuir significativamente, aumentando a vulnerabilidade de comunidades às doenças infecciosas. Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostram que, atualmente, 11,2% das crianças elegíveis na Flórida não receberam as duas doses da vacina MMR (sarampo, caxumba e rubéola), e mais de 5% estão atualmente isentas de vacinação. Essas cifras são superiores à média nacional e variam por regiões, como Sarasota County, onde menos de 80% das crianças de 5 anos estão vacinadas, devido às altas taxas de isenção não médica.

Consequências da decisão e antecedentes da questão

Dados evidenciam que comunidades com maior número de isenções não médicas apresentam maior risco de surtos de doenças; prevalências baixas de vacinação podem criar focos de infecção. A decisão de remover o mandato contrasta com o histórico de alta cobertura que ajudou a controlar doenças como sarampo, tétano e difteria nos EUA.

Especialistas alertam que a redução das exigências pode ser uma porta de entrada para um retrocesso na saúde coletiva. A diminuição da confiança nas vacinas, alimentada por figuras controversas como Ladapo e o ativista Robert F. Kennedy Jr., aumenta a disseminação de desinformação, enfraquecendo a imunização coletiva.

Contexto político e controvérsias atuais

Desde o início da pandemia de COVID-19, Ladapo tem emitido opiniões polêmicas e, por vezes, desacertadas, incluindo alegações falsas sobre vacinas de mRNA e tratamentos não comprovados, como a ivermectina. Kennedy, por sua vez, tem reiterado uma agenda antivacina, o que inquieta especialistas do CDC e profissionais de saúde pública.

Colaboração entre saúde individual e coletiva

Ao anunciar seu plano, Ladapo questionou: “Quem sou eu para dizer o que seu filho deve colocar no corpo?” No entanto, a erradicação de doenças infecciosas depende de uma responsabilidade coletiva e da adesão ampla às vacinas. A decisão de remover o mandato representa um passo atrás na proteção social contra doenças evitáveis, agravando a vulnerabilidade de grupos de crianças e ameaçando o avanço na imunização no país.

A expectativa é que especialistas, profissionais de saúde e a opinião pública monitorem de perto os efeitos dessa mudança, que pode marcar uma nova fase de risco e debate sobre vacinação nos Estados Unidos.

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