A ex-atriz da Globo Rejane Schumann, aos 74 anos, voltou a ser notícia, mas não por suas atuações marcantes em novelas da década de 1970. O motivo é delicado: ela foi encontrada em condições de abandono em um apartamento em Porto Alegre (RS). Desde então, voluntários têm se mobilizado para garantir a ela dignidade e cuidados básicos que foram negligenciados ao longo do tempo.
Um resgate inesperado
A ativista Deise Falci foi até o imóvel para retirar animais que estavam sendo maltratados, mas ao chegar lá, ficou chocada com a situação da ex-atriz. Rejane estava extremamente magra, debilitada e sem água potável, além de não ter condições mínimas de higiene. O forte odor e o barulho de animais despertaram a atenção dos vizinhos, que então fizeram a denúncia.
Após o resgate, a limpeza do apartamento foi realizada por voluntários, que também abasteceram a geladeira e providenciaram novas roupas de cama e um colchão.
Um dia de cuidados especiais
Graças aos esforços dos voluntários, Rejane teve a oportunidade de recuperar um pouco da autoestima que foi perdida. Ela foi levada a um salão de beleza, onde recebeu um novo corte de cabelo e cuidados especiais que refletem uma nova chance na vida.
Reaproximação familiar
Após a repercussão do caso, a sobrinha de Rejane foi localizada e decidiu assumir a responsabilidade pelos cuidados da tia. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que a família não tinha conhecimento da situação, uma vez que os contatos esporádicos que mantinham não revelavam sinais de abandono.
Com o apoio de uma assistente social, Rejane deve se mudar para Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. É importante ressaltar que a ex-atriz se afastou da família nos últimos anos e, após a morte de um irmão, as relações familiares se tornaram ainda mais distantes.
Da TV ao isolamento
Rejane Schumann fez parte da história das novelas da Globo nos anos 1970, tendo atuado em produções memoráveis como “O Feijão e o Sonho” (1976), “O Astro” (1977), “Dancin’ Days” (1978) e “Pai Herói” (1979). Além disso, seu talento foi visto em obras cinematográficas, incluindo “O Grande Rodeio” (1975) e “Motorista Sem Limites” (1970).
O recente resgate de Rejane Schumann não apenas ressalta a importância do trabalho comunitário e da solidariedade, mas também serve como um lembrete da vulnerabilidade que muitos enfrentam, mesmo aqueles que já brilharam em palcos e telas. É fundamental que a sociedade se una para garantir que histórias como a dela sejam não apenas um triste lembrete, mas sim uma oportunidade de transformação e reabilitação.
