Brasil, 8 de setembro de 2025
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Damous defende cautela na intervenção da ANS na crise da Unimed Ferj

Novo presidente da ANS, Wadih Damous, reforça compromisso de manter tratamento e explorar viabilidade de continuidade da Unimed Ferj

Wadih Damous, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), afirmou nesta semana que uma intervenção radical na crise da Unimed Ferj deve ser feita com cuidado, priorizando a continuidade do tratamento aos beneficiários. Damous destacou que, apesar da gravidade da situação, o foco inicial é evitar a interrupção dos atendimentos, especialmente os oncológicos.

Controle da crise sem interromper tratamentos

Durante entrevista ao jornal O Globo, Damous ressaltou que, neste momento, as ações da ANS visam assegurar que os tratamentos essenciais não sejam interrompidos, mesmo em meio à crise financeira da Unimed Ferj. Segundo ele, a intenção é analisar posteriormente a viabilidade de continuidade das operações da cooperativa, entrando em contato também com a Unimed nacional.

Diálogo com a Unimed Brasil e direção técnica

O presidente explicou que, após reuniões com a diretoria da Unimed Ferj e a matriz, foi estabelecida uma direção técnica para acompanhar a situação. “Nossa maior preocupação é não interromper o atendimento às pessoas, sobretudo as que estão em tratamento oncológico”, afirmou. Damous destacou ainda que a ANS não realiza intervenção fiscal, mas monitora de perto o setor.

Histórico e desafios do setor de planos de saúde

Damous também abordou o histórico de crises do setor, citando exemplos como a antiga Unimed Rio, e criticou a baixa oferta de planos individuais no mercado, agravada pela regulação que favorece os contratos coletivos. Ele destacou a necessidade de discutir o funcionamento dos chamados falsos coletivos, criados por pessoas jurídicas para contratar planos mais baratos e que frequentemente promovem a seleção de risco.

Regulação e mercado de planos coletivos

Ele apontou que a regulação da ANS prevê mecanismos para mitigar essas distorções, como a ampliação do pool de risco e a aplicação de contratos por adesão a 100%. “Vamos trazer essas questões à discussão imediatamente”, afirmou Damous.

judicialização e responsabilidade das operadoras

O presidente da ANS reforçou que, na sua gestão, o objetivo é evitar a judicialização dos conflitos, que representa cerca de 1,5% dos custos do setor, segundo dados da própria agência. “Se as empresas cumprirem os contratos e as determinações, a judicialização será mínima, mas muitas ações vêm por descumprimento de cláusulas por parte das operadoras”, declarou.

Controle de custos e novos modelos de atendimento

Sobre a implementação de programas como o Agora tem Especialistas, Damous afirmou que o projeto visa usar a rede das operadoras para atendimento de alta complexidade, dando uma alavanca para desonerar o SUS. Ele afirmou que o programa ainda está em fase piloto e que a definição de tabelas e repasses será discutida pelo Ministério da Saúde.

Perspectivas e prioridades futuras

O novo presidente da ANS reafirmou que seu foco será na manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do setor, sem buscar lucro às custas do cuidado ao consumidor. Ele destacou que a prioridade atual é manter o atendimento às demandas mais urgentes, como no caso da Unimed Ferj, e que as questões relacionadas à regulação de planos populares, planos coletivos e novos medicamentos serão enfrentadas em breve.

A entrevista completa está disponível no Fonte original.

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