No cerne da fé cristã, a esperança se revela como uma luz que guia os fiéis em meio à escuridão das dificuldades da vida. Segundo Pe. Gerson Schmidt, a Igreja encontra em Jesus Cristo sua razão de existir e de cumprir sua missão de ser um sinal do Reino de Deus na Terra. Em um contexto de incertezas e desafios, a mensagem de Cristo se torna essencial, oferecendo uma perspectiva de esperança sólida e transformadora.
A missão da Igreja como sinal de esperança
Ao analisar o papel da Igreja, Pe. Schmidt destaca que Cristo é o Bom Pastor e a Verdade que ilumina a existência humana. A ressurreição de Cristo não é apenas um evento histórico, mas uma confirmação da esperança cristã. “A esperança cristã, portanto, tem um nome concreto: JESUS CRISTO VITORIOSO”, enfatiza ele. Esta afirmação nos convida a refletir sobre como Jesus, ao ressuscitar, trouxe a possibilidade de uma vida nova, em comunhão com Deus, marcada pelo amor e pela esperança.
No atual contexto do Ano Jubilar, o tema “A esperança não decepciona” serve como um convite urgente para que as pessoas busquem renovação e paz em suas vidas. A Igreja, ao anunciar o Evangelho, se torna uma força vital para enfrentar as dificuldades cotidianas, lembrando aos fiéis que a esperança é uma âncora segura, que permite navegar pelas tempestades da vida. Como diz a carta de São Paulo aos Romanos, “Alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração.”
As raízes da esperança cristã
Pe. Gerson ressalta que, conforme a tradição cristã, os profetas esperaram a realização das promessas de Deus. Essa expectativa culmina em Jesus Cristo, que é a razão da nossa esperança. Em suas cartas, São Paulo afirma que “não podemos confiar em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2Cor 1,9-11). Essa confiança em Deus é a base da esperança cristã que se renova a cada dia.
O autor Humberto Robson de Carvalho, em seu livro “Presbíteros: testemunhas da Esperança”, comenta a importância da esperança como dom e virtude, que não apenas busca acolher o presente, mas também lança um olhar esperançoso para o futuro. Essa visão é vital para que os cristãos se mantenham firmes em sua fé e missão, reconhecendo que, apesar das dificuldades, suas vidas são guiadas por uma luz que nunca se apaga.
A esperança em tempos de dificuldade
Em um mundo cheio de incertezas, a natureza da esperança cristã se torna mais profunda. Pe. Schmidt enfatiza que “a esperança não decepciona porque a esperança é Jesus Cristo. E Cristo não decepciona”. Em tempos de tribulação, lembrar-se dessa verdade é essencial para que os cristãos possam encontrar força para continuar sua jornada, pois a confiança em Cristo é um compromisso com a verdade que nos sustenta.
Uma peregrinação rumo ao futuro
Os cristãos são chamados a ser peregrinos de esperança, vivendo essa realidade como uma meta em direção à plenitude de Deus. A missão de Cristo não se restringe a um evento histórico, mas se expande como um convite à salvação, acessível a todos. Assim, cada passo dado pela Igreja e seus membros é um testemunho vivo da esperança que não se baseia em promessas vazias, mas na certeza do amor e da graça de Deus.
A esperança, portanto, não é apenas uma expectativa, mas uma realidade vivenciada diariamente. Com base nas palavras de Pe. Gerson, a esperança se transforma em ação, onde a Igreja, como corpo de Cristo, se torna a luz que ilumina o mundo, refletindo a verdadeira essência da fé cristã.
Ao final, o convite é claro: cada um deve buscar a fonte dessa esperança — Jesus Cristo. Ele é o alicerce que sustenta a vida da Igreja e de seus membros, garantindo que, mesmo diante das lutas e sofrimentos, a vitória já foi conquistada. Essa é a essência da esperança cristã, que não decepciona.
*Pe. Gerson Schmidt é um sacerdote com formação em Filosofia, Teologia e Comunicação, que constantemente busca transmitir a importância da esperança em suas reflexões.
