No último domingo, 7 de setembro, o Vaticano celebrou a canonização de Pier Giorgio Frassati, um jovem cuja vida breve, mas intensa, continua a inspirar gerações, especialmente os jovens. Reconhecido por sua dedicação à caridade, à política e à fé, Frassati foi canonizado pelo Papa Leão XIV, numa cerimônia que ressaltou sua relevância contemporânea. O arcebispo de Turim, cardeal Roberto Repole, enfatizou a importância de conhecer a figura de Frassati, cuja vivência do Evangelho pode iluminar as vidas da juventude atual.
A vida de Pier Giorgio Frassati
Pier Giorgio nasceu em Turim, em 6 de abril de 1901, em uma família abastada. Filho do fundador do respeitado jornal “La Stampa”, Frassati teve uma educação que começou sob a influência de sua mãe, Adelaide. Apesar de um ambiente familiar que poderia ter garantido uma vida de comodidade, ele escolheu o caminho da ação e do serviço ao próximo. Seu lema, “Nunca devemos viver à toa, mas sim viver”, reflete sua essência. Desde cedo, foi ativo na Sociedade da Juventude Católica Italiana, onde adotou o lema: “oração, ação, sacrifício”. Esta jornada de fé o levou a se envolver em causas sociais, sempre buscando iluminar a vida dos que o cercavam com o amor de Cristo.
Desafios e conquistas
Durante o “Ano Frassati”, que culminou com sua canonização, Turim realizou diversas iniciativas em homenagem ao jovem santo, destacando-se a inauguração da “Casa Frassati”. Este espaço, que atua como um museu multimídia, reúne testemunhos sobre sua vida e missão. O cardeal Repole recordou que Frassati é uma figura a ser descoberta, especialmente por jovens que ainda não têm total entendimento do que ele representa. A identificação com a juventude de hoje é notável: “Os jovens podem ver que a fé é um espaço crucial de sua vida”, ressaltou.
A mensagem do Evangelho
A canonização de Frassati não é apenas um tributo à sua vida, mas também uma convocação aos jovens para que se comprometam com suas crenças. O exemplo dele, como “um homem das Bem-Aventuranças”, segundo São João Paulo II, comprova que a santidade é acessível a todos. “Um jovem comum que levou o Evangelho a sério; ele é uma luz para aqueles que desejam iluminar suas vidas”, declarou o cardeal Repole. Frassati, com sua jornada simples, mas significativa, mostra que o caminho para a santidade pode ser trilhado por meio do cotidiano.
Esperança em tempos difíceis
Pier Giorgio Frassati faleceu em 1925, aos 24 anos, por complicações decorrentes da poliomielite, precisamente durante o Jubileu da Paz. A canonização no contexto do Jubileu da Esperança evidencia que, apesar da guerra e das dificuldades de sua época, sua mensagem de fé e esperança continua relevante nos dias de hoje. “Um caminho de esperança está entrelaçado com um caminho de paz”, observou o cardeal. A relevância de sua história é ainda mais potente em uma época marcada por divisões e crises, onde o chamado à conversão e à ação solidária se faz ainda mais urgente.
Um modelo de fé ativa
O cardeal Repole compartilhou sua própria conexão com Frassati, reconhecendo que sua influência cresceu ao longo dos anos. Ele destaca que, ao explorar a vida de Frassati, percebeu que ser cristão implica em um compromisso com a realidade ao redor: “O anúncio do Evangelho se realiza nas coisas deste mundo, no estudo, no trabalho, na participação política”, afirmou. Frassati é o “santo leigo” que incita todos a ver em sua vida um exemplo de como a fé pode se manifestar de maneira prática e impactante.
A canonização de Pier Giorgio Frassati é um convite para que a juventude brasileira e do mundo inteiro busque uma vida de intensidade e propósito, refletindo os valores do Evangelho em suas ações cotidianas. O legado que ele deixou é um testemunho de que cada jovem tem o poder de fazer a diferença, vivendo plenamente e com fé.
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