Brasil, 7 de setembro de 2025
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Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas são apostas do PL para 7 de Setembro

O Partido Liberal busca mobilizar Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas como líderes na manifestação do 7 de Setembro em São Paulo.

Com a expectativa de superar a mobilização de governistas, o Partido Liberal (PL) quer transformar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em protagonistas da manifestação do 7 de Setembro, que ocorre na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo. Essa escolha acontece em um momento em que Jair Bolsonaro está afastado dos atos públicos, pois cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto.

A nova liderança de Michelle e Tarcísio

Michelle Bolsonaro tem assumido as rédeas dos compromissos políticos da família, com destaque para sua atuação nos últimos meses. Por outro lado, Tarcísio de Freitas, que foi autorizado por Jair Bolsonaro a nacionalizar diversos temas, está à frente da articulação da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro e em manifestações que culminaram naquele episódio.

No entanto, a presença de Michelle na manifestação ainda é incerta. Sua assessoria informou que a confirmação depende do estado de saúde do ex-presidente, que enfrenta crises de soluço em decorrência da facada sofrida durante as eleições de 2018. Caso sua participação se concretize, será em São Paulo. Se não puder comparecer, um áudio dela deve ser reproduzido simultaneamente em todos os estados onde houver atos organizados por aliados.

Expectativa de discurso e mobilização

Apesar da cautela da ex-primeira-dama, o pastor Silas Malafaia, que é responsável pela organização do evento na Paulista, garante que tanto ela quanto Tarcísio estão escalados para discursar. O governador já confirmou presença e deve assumir o microfone. A mobilização deste ano é simbólica, pois representa o primeiro 7 de Setembro sem Jair Bolsonaro no trio elétrico, e para o PL, cabe a Michelle e Tarcísio ocupar esse espaço e dar novo fôlego à militância.

Ambos os nomes se destacam atualmente como os principais representantes do campo bolsonarista para a eleição de 2026. Recentemente, aparecem na última pesquisa Datafolha tecnicamente empatados com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de o petista ter vantagem numérica.

As bandeiras da manifestação

A expectativa é que o ato deste ano gire em torno de duas bandeiras principais: a defesa da liberdade de Bolsonaro e a pressão pela aprovação de uma anistia no Congresso. Malafaia declarou que a pauta será “Reaja Brasil, pela injustiça. Reaja Brasil, por anistia. Reaja Brasil pelo julgamento de Bolsonaro.”

O ex-presidente, por orientação dos advogados, não deve ter qualquer imagem sua veiculada, dado que sua última participação virtual resultou em sua prisão domiciliar. Além de Michelle e Tarcísio, outros nomes já confirmados no ato na Paulista incluem o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; o de Santa Catarina, Jorginho Mello; o senador Rogério Marinho; o líder do PL, Sóstenes Cavalcante; e os deputados Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, e Marcos Feliciano.

Tarcísio na linha de frente

Com a ausência de Jair Bolsonaro, Tarcísio deve assumir a linha de frente no palanque. Aliados afirmam que ele fará um discurso enfático em favor da anistia, que vem sendo tratada como um pedágio para sua candidatura presidencial, buscando se posicionar como herdeiro do espólio de Bolsonaro.

Durante a semana, o PL redigiu uma minuta do projeto de anistia. No entanto, o clima para sua aprovação é incerto. A proposta de uma anistia ampla e irrestrita é vista como difícil de prosperar, e parte do partido já considera apoiar um texto que não inclua Bolsonaro. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teve um encontro com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, na noite da última quinta-feira, e afirmou que o tema não será pautado na próxima semana, indicando que a relatoria será entregue a um parlamentar de centro.

Este 7 de Setembro, portanto, promete ser um divisor de águas para o Partido Liberal e para as lideranças bolsonaristas, com a expectativa de mobilizar e reafirmar sua base política num momento delicado para a legenda e seus apoiadores.

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