Neste domingo, 10h30, o Estádio Independência, em Belo Horizonte, será o palco de um dos momentos mais esperados do futebol feminino: a final do Brasileirão Feminino A1 de 2025. O Cruzeiro, time mineiro recém-chegado à elite, faz sua primeira decisão contra o Corinthians, hexacampeão e já familiarizado com o clima de finais. Enquanto o Corinthians busca seu sétimo título consecutivo, o Cruzeiro tenta conquistar o seu primeiro, marcando um momento histórico para a equipe.
Uma trajetória de superação e investimentos
A história do futebol feminino do Cruzeiro começou em 2019, quando a Conmebol exigiu que os clubes com equipes masculinas também tivessem times femininos. Desde então, o clube mineiro vem passando por uma evolução significativa, refletida tanto nos resultados em campo quanto na estrutura da equipe. Sob a liderança de Bárbara Fonseca, diretora de futebol feminino, o Cruzeiro se destacou ao conquistar o Campeonato Mineiro em seu primeiro ano e ao garantir seu acesso à Série A ao ser vice-campeão do Brasileirão A2.
Nos anos seguintes, apesar dos investimentos crescentes, o desempenho no Brasileiro A1 foi inconsistente, culminando em um resultado de 10ª posição em 2020 e em derrotas nas finais do Estadual para o Atlético-MG. Contudo, a nadega virou com a chegada de Ronaldo como proprietário da SAF e a contratação de Kin Saito como diretora técnica, que implementou mudanças estratégicas que colocaram as Cabulosas em evidência.
Crescimento e reconhecimento no cenário nacional
Em 2022, o Cruzeiro conquistou seu primeiro título estadual e seguiu em ascensão, participando das fases finais do Brasileiro A1 em 2023 e 2024. Este progresso culminou na atual temporada, onde, com uma folha salarial 50% maior e contratações de peso, como a zagueira Isa Haas e a atacante Letícia Ferreira, a equipe alcançou impressionantes 43 gols em 22 jogos, além de um saldo positivo defensivo.
A campanha até agora na liga nacional foi caracterizada por um aproveitamento de 80% e a liderança da tabela na primeira fase, assegurando a posição do time no mata-mata. A expectativa em torno do desempenho da equipe é alta, especialmente após o recorde de público na semifinal contra o Palmeiras, onde mais de 13 mil torcedores compareceram.
O desafio na final contra o Corinthians
A grande final oferecerá um grande desafio ao Cruzeiro. O Corinthians, que já acumulou nove finais consecutivas, tem uma experiência incomparável. A rivalidade entre as equipes não é nova: em 2022, o Cruzeiro conseguiu uma vitória marcante por 7 a 2, mas nos embates mais recentes, o time mineiro sofreu derrotas. O desafio é ainda maior com a perspectiva de uma torcida corintiana forte e numerosa na segunda partida da final, após um apoio maciço em casa.
Para as Cabulosas, vencer o Corinthians seria não apenas uma conquista inestimável, mas também uma maneira de romper um jejum de quase um ano sem títulos. Se em 2019 o clube celebrou a vitória no Brasileirão, desde então, o Cruzeiro passou por momentos difíceis nas finais seguintes de competições estaduais, sonhando por uma volta ao topo em grande estilo.
A expectativa de um grande público na final
O jogo de domingo promete ser um espetáculo para os amantes do futebol feminino, com uma expectativa de público superando os 20 mil torcedores no Independência. Com a energia da torcida a favor e a motivação da longa busca pelo primeiro título, as Cabulosas têm tudo para brigar pela vitória e a glória de serem campeãs do Brasileirão Feminino A1 de 2025.
O Brasil acompanhará ansiosamente o desenrolar desse embate épico entre Corinthians e Cruzeiro, esperando que o futebol feminino continue a se fortalecer e prosperar em todo o país.