No último 7 de Setembro, em Brasília, o tradicional desfile cívico-militar em celebração à Independência do Brasil contou com a presença apenas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que os líderes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) não compareceram ao evento. O desfile, que teve como tema “Brasil Soberano”, reflete o foco do governo em defender suas prerrogativas e a soberania nacional diante de críticas e pressões externas.
A ausência de líderes importantes
O desfile deste ano foi marcado pela ausência notável do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Este último estava em missão na França, enquanto Alcolumbre escolheu passar a data em seu estado natal, Amapá, onde acompanhou o desfile em Macapá. Esta falta de importantes figuras do governo e do judiciário no evento contrasta com a edição de 2024, que contou com a presença de seis ministros do STF, incluindo Barroso.
Um desfile com tom político
O tema “Brasil Soberano”, escolhido por Lula para o desfile, enfatiza a defesa das prerrogativas do Executivo e a importância da soberania nacional. Essa escolha reflete uma postura do governo frente ao que considera uma “ofensiva intervencionista” dos Estados Unidos. No discurso durante o desfile, Lula abordou questões pertinentes que afetam o Brasil, buscando também mobilizar apoio e sintonia com a população em um ano que se aproxima das eleições de 2024.
“O desfile cívico-militar deste ano tem um caráter inovador e visa não só celebrar a Independência, mas também reforçar a importância da autonomia do Brasil em cenários geopolíticos complicados”, destacou Lula.
Contexto de mudanças políticas
Em um cenário de tensão política, a escolha do tema “Brasil Soberano” parece ter sido uma estratégia para desviar o foco das críticas e questionamentos sobre a atuação do governo. O desfile de 7 de Setembro, este ano, será dividido em quatro eixos temáticos: “Brasil dos Brasileiros”, que reforça as questões da soberania nacional; a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30); o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e “o Brasil do Futuro”.
A presença de outras autoridades no evento foi bastante reduzida, com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), optando por comparecer às comemorações. Em sua fala, Motta enfatizou a necessidade de união em prol da soberania nacional.
A repercussão do desfile na mídia
As redes sociais e os meios de comunicação acompanharam intensamente o desfile, reforçando a importância do simbolismo nacional dessa celebração. A transmissão ao vivo do evento pelo Metrópoles trouxe diversos comentários e análises sobre a situação política do Brasil, o publicando um forte sentimento de patriotismo e orgulho nacional entre os espectadores.
O desfile também gerou discussões sobre as relações do Brasil com outros países, especialmente em relação aos Estados Unidos. Lula, em suas declarações, ressaltou a importância de um país soberano e autônomo, capaz de tomar decisões em defesa dos interesses de sua população, sem se submeter a pressões externas.
O futuro do Brasil após o desfile
As questões levantadas durante o desfile de 7 de Setembro poderão influenciar as discussões no Congresso Nacional e no STF, especialmente considerando os temas prioritários e as urgências levantadas por Lula. Ao reafirmar a soberania e as prerrogativas do Executivo, o presidente pode estar se preparando para um embate mais intenso nas futuras eleições, quando a voz do povo se fará ainda mais presente.
Para quem perdeu o desfile, uma transmissão ao vivo está disponível no link abaixo:
A edição deste ano do desfile foi uma das mais comentadas dos últimos tempos, não apenas pela sua execução, mas também pela mensagem política que trouxe, ressoando com os anseios e expectativas da sociedade brasileira.