Neste domingo, 7 de setembro, Juazeiro do Norte foi palco de um vibrante desfile cívico que atraiu cerca de 8 mil pessoas, apesar do calor característico do mês. Com o tema “Educar para incluir: caminhos que unem saberes e pessoas”, o evento não apenas celebrou a independência do Brasil, mas também enfatizou a importância da diversidade e inclusão nas escolas e na sociedade.
Um espetáculo de cores e emoção
A Rua São Pedro, ponto central da festividade, foi tomada por cores, ritmos e a energia contagiante dos participantes. Vinte escolas, tanto públicas quanto privadas, desfilaram junto a diversas instituições civis e militares, mostrando o espírito comunitário e a paixão pela arte e educação.
A estudante Ana Sofia Ferreira Souza, de apenas dez anos, fez sua estreia tocando na fanfarra da escola. Com um sorriso no rosto, ela expressou a satisfação de participar do evento. “Estou muito orgulhosa por estar aqui tocando”, disse, enquanto segurava sua meia lua com firmeza. Este momento é um marco importante na vida de muitos jovens, que veem nas festividades uma oportunidade de expressar sua identidade e aprender sobre a cultura nacional.
Homenagem à cultura nordestina
Entre os destaques do desfile, a fantasia de Ana Alice dos Santos, também de dez anos, chamou a atenção ao representar Maria Bonita, uma icônica figura da cultura nordestina. Ela explicou sua escolha com paixão: “Tem que ser uma mulher guerreira, importante”. A presença de representações culturais como essa demonstra como o desfile vai além de uma simples comemoração, tornando-se uma plataforma para educar e lembrar as novas gerações sobre suas raízes.
O público participa e celebra
As arquibancadas estavam repletas de famílias, cada uma encontrando suas maneiras de aproveitar o dia ensolarado. As irmãs Sueli e Cícera trouxeram sombrinhas e protetor solar, enquanto Sueli brincou sobre o calor intenso. “Tá demais”, disse ela, aos risos. A atmosfera de festividade era palpável, com risadas, aplausos e a energia vibrante dos cidadãos de Juazeiro do Norte.
Dona Odete, de 75 anos, foi uma das muitas que se emocionaram com o espetáculo. Com a ajuda de sua bengala, ela compartilhou seu entusiasmo: “Eu sinto uma emoção tão grande… muito bonito, bonito, bonito”. As palavras dela ressoaram entre os presentes, capturando perfeitamente o espírito do desfile.
Logística e segurança para um evento seguro
Para garantir o conforto e a segurança dos participantes, a comissão organizadora, liderada por Lucélia Sampaio, montou uma estrutura de apoio ao longo do percurso. “Temos uma logística pensada para que tudo aconteça de forma segura e acessível”, enfatizou. Esse cuidado permitiu que todos desfrutassem do evento em um ambiente seguro e acolhedor, refletindo o comprometimento da cidade com o bem-estar de seus cidadãos.
A continuidade da festa
Após o término oficial do desfile, a festa não chegou ao fim. As fanfarras seguiram em direção à Praça Padre Cícero, continuando a celebração e, ao mesmo tempo, comemorando o reconhecimento de Juazeiro do Norte como a Capital da Fanfarra, título concedido pela Assembleia Legislativa do Ceará. A cidade não apenas reverberou suas tradições, mas também celebrou a importância da música e da arte na formação de uma sociedade mais inclusiva.
O desfile de 7 de setembro em Juazeiro do Norte não foi apenas uma celebração da independência, mas uma verdadeira demonstração da cultura, da luta pela inclusão e da união da comunidade. Com a participação vibrante de jovens, idosos e famílias, o evento reafirmou a necessidade de educar e incluir, mostrando os caminhos que conectam saberes e pessoas nessa rica tapeçaria cultural que é o Brasil.
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