O Chelsea, conhecido por suas contratações ousadas e investimentos altos, alcançou um novo marco financeiro no futebol europeu. Sob a gestão de Todd Boehly, que assumiu o clube em maio de 2022, o time conseguiu bater o seu próprio recorde de arrecadação com a venda de jogadores, alcançando impressionantes 332 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,042 bilhões) na última janela de transferências.
A nova realidade financeira dos Blues
Desde a chegada de Boehly, o Chelsea tem enfrentado transformações significativas no elenco, com uma mistura de reforços que não conseguiram, inicialmente, corresponder às expectativas dentro de campo. No entanto, a saída de jogadores acabou se revelando uma estratégia lucrativa. O recorde anterior de vendas, de cerca de 250 milhões de euros, foi pulverizado, demonstrando uma mudança no foco financeiro e nas operações do clube londrino.
Na lista dos clubes que mais venderam, o Chelsea lidera com 332 milhões de euros, seguido por outras equipes como Bournemouth e Bayer Leverkusen. Essa movimentação não apenas alivia a pressão financeira, mas também possivelmente redefine a filosofia de contratações da equipe.
Os jogadores que deixaram o Chelsea
- Noni Madueke (Arsenal) – 56 milhões de euros
- Christopher Nkunku (Milan) – 37 milhões de euros
- João Félix (Al-Nassr) – 30 milhões de euros
- Djordje Petrovic (Bournemouth) – 28,9 milhões de euros
- Lesley Ugochukwu (Burnley) – 28,7 milhões de euros
- Kiernan Dewsbury (Everton) – 28,65 milhões de euros
- Renato Veiga (Villarreal) – 24,5 milhões de euros
- Armando Broja (Burnley) – 23 milhões de euros
- Carney Chukwuemeka (Borussia Dortmund) – 20 milhões de euros
- Nicolas Jackson (Bayern de Munique)* – 16,5 milhões de euros
- Mathis Amougou (Strasbourg) – 14,5 milhões de euros
- Bashir Humphreys (Burnley) – 14 milhões de euros
- Kepa Arrizabalaga (Arsenal) – 5,8 milhões de euros
- Marcus Bettinelli (Manchester City) – 2,4 milhões de euros
- Alfie Gilchrist (West Bromwich) – 2,3 milhões de euros
*saiu por empréstimo com opção de compra por 65 milhões de euros.
Apesar dos altos números de arrecadação, o Chelsea ainda enfrenta desafios. Das 15 transações que resultaram nas vendas, a maior parte se refere a jogadores que não correspondem ao desempenho esperado e foram adquiridos sob a administração de Boehly. O saldo líquido das contratações supera as vendas em 2,15 milhões de euros (R$ 13,6 milhões), conforme observa a análise da movimentação do clube.
Contratações em ascensão
A nova estratégia do Chelsea vai além de vendas. O comando de Enzo Maresca, em sua segunda temporada, trouxe um novo ânimo para a equipe. O clube investiu 238,1 milhões de euros em novos talentos, com média de idade das contratações de apenas 20 anos. Jogadores como João Pedro e Jamie Gittens prometem aumentar o potencial competitivo da equipe.
Expectativas para a temporada
Com os primeiros títulos da era Boehly e um início promissor na Premier League, onde ocupa a segunda posição, o Chelsea busca recuperar a confiança e a força que sua história exige. A equipe está entre as únicas invictas nas três rodadas iniciais, ao lado de Liverpool e Crystal Palace, sinalizando um futuro promissor.
Assim, mesmo com os desafios de equilibrar finanças e resultados, o Chelsea parece estar em um caminho de recuperação que promete empolgar seus torcedores. A mescla de juventude e experiência pode ser a chave para um nova era de conquistas no clube londrino.