Brasil, 7 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Bandeira gigante do Brasil marca manifestação de 7 de Setembro

Uma bandeira imensa surpreendeu os manifestantes em ato pela soberania nacional em São Paulo, resgatando símbolos nacionais pela esquerda.

Em um cenário inusitado, uma bandeira do Brasil gigante, típica de torcidas organizadas em estádios de futebol, surpreendeu os 8,8 mil manifestantes que participaram do ato organizado por partidos e organizações de esquerda na Praça da República, no centro de São Paulo. O evento, realizado em 7 de Setembro, teve sua estimativa de público feita pela iniciativa “Monitor do Debate Político”, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenada pelos professores Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common.

Resgatando a bandeira nacional

A bandeira do Brasil, assim como a famosa camiseta da Seleção Brasileira de futebol, vem sendo utilizada nos últimos anos como símbolo por setores da direita e simpatizantes do bolsonarismo. No entanto, o ato da esquerda em São Paulo buscou um resgate desse símbolo nacional, associando-o à soberania e à identidade brasileira. O movimento, que ganha força nas redes sociais, pretende reverter a ideia de que a bandeira é propriedade exclusiva de grupos políticos da direita.

“É hora de mostrar que a bandeira do Brasil representa todos os brasileiros, independentemente de sua ideologia política. Queremos reafirmar que este símbolo pertence ao povo e à luta por justiça social”, disse uma das organizadoras do evento.

Ato pela soberania

A defesa da soberania nacional foi um dos principais temas tratados durante a manifestação deste 7 de Setembro, que contou com a participação da Frente Povo Sem Medo, uma coalizão que inclui o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além de movimentos sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Entre os líderes presentes estava o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, além do presidente nacional do PT, Edinho Silva, e deputados federais como Guilherme Boulos e Érika Hilton, ambos do PSOL. Para Boulos, “o ato é um momento de reafirmação da luta pela soberania e um chamado a todos os brasileiros a se unirem em prol de um país mais justo”.

Participação popular e diversidade de símbolos

Dentre os participantes da manifestação, muitos vestiam camisetas amarelas ou carregavam bandeiras do Brasil, uma imagem que reforçava a tentativa de recuperação do símbolo nacional pela esquerda. Guilherme Boulos, por exemplo, chegou ao evento com um agasalho preto do time Corinthians, mas logo retirou a peça, revelando uma camiseta amarela, simbolizando a união e o apoio a uma causa coletiva.

Os organizadores explicaram que o uso da bandeira gigante representava não apenas um símbolo de resistência, mas também um apelo à cidadania e à união em torno de temas que dizem respeito a todos os cidadãos, independentemente de suas divergências políticas. Ao longo do ato, palavras de ordem e cantos reverberavam na Praça da República, simbolizando a força de um movimento que busca resgatar não apenas a bandeira, mas um Brasil mais justo e igualitário.

O futuro das manifestações e a symbolica da bandeira

O ato de 7 de Setembro em São Paulo reflete um momento de transformação e ressignificação de símbolos no Brasil. A bandeira, que por tanto tempo foi exclusividade de uma parte do espectro político, é agora vista como uma oportunidade para a esquerda reafirmar seu lugar na narrativa nacional. “Não podemos deixar que a bandeira do Brasil seja um símbolo de divisão. Ela deve unir todos os brasileiros na luta por direitos”, afirmam os ativistas.

Com o clima de expectativa para as próximas manifestações, fica a pergunta se esse movimento de resgate da bandeira e outros símbolos nacionais poderá consolidar uma nova frente de diálogo entre as várias correntes políticas do Brasil, ou se as divisões continuarão a marcar o cenário político do país nos próximos anos. Mas, por enquanto, os organizadores e manifestantes veem um avanço significativo em sua luta por um Brasil mais inclusivo e respeitoso com suas diversas identidades.

A luta pela soberania e pela reapropriação de símbolos que pertencem ao povo continua, e o ato de 7 de Setembro se destaca como um marco importante nesse processo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes