Brasil, 6 de setembro de 2025
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Trump critica multa da União Europeia ao Google de R$ 18 bilhões

Donald Trump se opõe a multa imposta pela UE ao Google, avaliando que penalidade prejudica empregos e investimentos nos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua indignação nesta sexta-feira (5/9) diante da multa aplicada pela União Europeia (UE) ao Google. O valor da penalidade, de 2,9 bilhões de euros — cerca de R$ 18,4 bilhões — foi estipulado devido a supostas violação das regras de concorrência do bloco europeu. Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump propôs abrir uma investigação para anular punições direcionadas às empresas de tecnologia dos Estados Unidos.

A reação de Trump à multa

Trump argumentou que a multa representa um desvio de recursos que, de outra forma, poderiam ser usados para gerar empregos e ampliar investimentos nos Estados Unidos. Considerando a multa “muito injusta”, ele afirmou que não tolerará tal medida. Em suas palavras:

“A Europa hoje ‘aplicou’ uma multa de US$ 3,5 bilhões a outra grande empresa americana, o Google, retirando, na prática, dinheiro que, de outra forma, seria destinado a investimentos e empregos americanos. Isso se soma a muitas outras multas e impostos emitidos contra a Google e outras empresas de tecnologia americanas, em particular. Muito injusto, e o contribuinte americano não tolerará isso!”

A postura de Trump teve respaldo em seu entendimento de que a política da União Europeia visa deslegitimar o potencial econômico das companhias norte-americanas, especialmente os fabricantes de tecnologia. Trump vê essa ação como um ataque à competitividade e inovação dos EUA no mercado global.

Referência à Apple e sua multa

Além de criticar a UE, Trump mencionou a Apple, que já foi alvo de multas expressivas, como a de US$ 17 bilhões, aproximadamente R$ 92 bilhões. Ele questionou a cobrança, argumentando que o valor deveria ser restituído à empresa. Em sua declaração, Trump disse:

“A Apple, por exemplo, foi forçada a pagar US$ 17 bilhões em uma multa que, na minha opinião, não deveria ter sido cobrada — eles deveriam receber seu dinheiro de volta!”

Essa referência reforça a visão de Trump de que as práticas da UE prejudicam a indústria de tecnologia dos EUA, colocando as empresas americanas em desvantagem competitiva.

O contexto da multa aplicada pela União Europeia

A multa aplicada ao Google foi oficialmente anunciada na última quinta-feira (4/9). A UE justificou a penalidade alegando que a companhia abusou de sua posição dominante no mercado de anúncios, prejudicando editores, anunciantes e consumidores. Segundo Teresa Ribera, vice-presidente de Transição Limpa, Justa e Competitiva da UE:

“A decisão de hoje demonstra que o Google abusou de sua posição dominante em anúncios, prejudicando editores, anunciantes e consumidores. Esse comportamento é ilegal segundo as regras antitruste da UE.”

O processo que culminou na multa foi aberto em junho de 2021, após investigações que levantaram preocupações sobre práticas anticompetitivas da gigante da tecnologia. O governo da UE tem se mostrado firme em sua postura de regulamentação sobre as empresas de tecnologia, especialmente em um cenário onde elas dominam o mercado global.

Implicações para as empresas de tecnologia

A penalidade aplicada ao Google e as declarações de Trump revelam um conflito crescente entre as regulamentações europeias e as empresas americanas de tecnologia. À medida que a UE se empenha em criar um ambiente de concorrência saudável, as empresas, como Google e Apple, enfrentam uma onda de multas e ações legais que podem afetar suas operações e inovações. No entanto, a posição de Trump sugere que, sob sua administração, haveria uma resistência significativa a essas medidas.

Entretanto, a aplicação de multas de bilhões de dólares por parte da UE também levanta questões sobre a eficácia e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para garantir um mercado justo e o respeito às regras concorrenciais. Ao mesmo tempo, a postura de Trump exemplifica as divisões entre Europa e Estados Unidos em termos de políticas comerciais e regulatórias.

Com as tensões crescendo entre as partes, resta ver como essa disputa se desenrolará e quais medidas serão tomadas por ambos os lados para resolver as preocupações sobre práticas anticompetitivas e a proteção das indústrias nacionais.

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