Brasil, 7 de setembro de 2025
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Passaportes argentinos com defeito afetam residentes no exterior

Milhares de passaportes emitidos pelo Renaper com falha na tinta de segurança impedem embarques em aeroportos internacionais

Milhares de passaportes argentinos, emitidos pelo Registro Nacional de Pessoas (Renaper), com defeito foram entregues a cidadãos no exterior pelo Consulado em São Paulo. O problema, causado por uma falha na tinta de segurança utilizada na impressão, só é detectado por equipamentos de leitura em postos migratórios, o que tem impedido viagens, segundo fontes consultadas pelo jornal La Nación.

Detalhes do problema e extensão da falha

As fontes do governo argentino confirmaram que o erro foi provocado por uma tinta de segurança fornecida por uma empresa alemã, que fornece as máquinas de impressão há 12 anos. A falha, invisível ao olho humano, é detectada apenas por escâneres especializados. Segundo o Renaper, todos os lotes afetados foram retirados de circulação, e a situação está sob controle há semanas, com a produção normalizada.

Quantos documentos podem estar impactados?

O deputado Esteban Paulón, da coalizão Hacemos por Nuestro País, apresentou um pedido de informações e denunciou que o número de passaportes com defeito pode ser maior do que os 5.500 oficialmente admitidos pelo governo. “Na Argentina, ainda não começou a comunicar as pessoas afetadas”, alertou Paulón, lembrando que há mais de 60 mil passaportes da série “AAL” potencialmente afetados. Ele criticou a falta de transparência e anunciou que fará uma nova solicitação ao governo na próxima segunda-feira (8).

Situação no exterior e medidas adotadas

Além do consulado de Montreal, no Canadá, que também entregou documentos com o mesmo problema e notificou os afetados por telefone, o caso demonstra que a falha não se limita ao Brasil. Em resposta ao problema, o Renaper coordena com a Migrações e o Itamaraty para assegurar que cidadãos que identificarem a falha possam receber uma nova via do documento, garantindo o livre trânsito.

Como identificar e o que fazer em caso de falha

Embora a falha seja invisível ao olho humano, os passaportes afetados pertencem às séries “AAL” com os números que variam de AAL314778 até AAL346228, AAL400000 até AAL607599 e AAL616000 até AAL620088. Caso o documento apresente a falha ao ser utilizado, o próprio consulado ou a autoridade argentina solicitará que o usuário devolva o passaporte para a substituição, sem custos adicionais.

Implicações para a segurança e o trânsito

O problema levanta preocupações sobre a segurança do passaporte argentino, que atualmente garante entrada sem visto em pelo menos 170 países. Segundo o governo, uma falha nesse nível pode representar riscos, especialmente se documentos inválidos forem utilizados para embarque; por isso, a substituição é prioridade.

Em casos de dúvidas, os cidadãos podem solicitar passaportes de emergência, e os afetados receberão notificações por parte do consulado ou do órgão responsável. Ainda assim, há uma preocupação maior com a totalidade do impacto e possíveis documentos não detectados.

Perspectivas futuras e andamento do caso

O deputado Paulón destacou que a situação ainda gera insegurança e que a denúncia busca pressionar o governo a fornecer informações completas. Ele também pediu esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo tomadas para evitar novos problemas similares no futuro. O governo informou que há protocolos para evitar danos à segurança dos cidadãos, mas o número exato de documentos afetados ainda não está totalmente apurado.

O episódio reforça a importância da transparência na gestão de documentos oficiais, especialmente aqueles que garantem o acesso ao exterior. A expectativa é que os esforços do governo argentino resultem na atualização rápida dos passaportes e na reposição dos documentos defeituosos.

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