No Ceará, a moradora Kelly Cristina vive um dilema que afeta não apenas sua qualidade de vida, mas também a segurança e a funcionalidade de sua residência. Ao receber a casa, ela descobriu que um poste já estava instalado em frente à sua garagem. Desde então, Kelly tem enfrentado dificuldades para remover a estrutura, que foi recentemente substituída por um poste de alta tensão pela Enel, empresa responsável pela fornecimento de energia elétrica na região.
O histórico do problema
Kelly relata que, ao ganhar sua residência, um poste menor estava em frente à garagem, o que já causava certo desconforto. Contudo, a situação se agravou quando a Enel trocou o poste original por um novo, de alta tensão, antes do início da pandemia. Essa mudança, embora importante para a atualização da rede elétrica, trouxe à moradora a urgência de resolver a questão de acesso à sua garagem.
Busca por soluções
Desesperada para resolver a situação, Kelly tentou recorrer à Justiça para retirar o poste. Contudo, seu pedido foi negado, deixando-a sem alternativas viáveis até o momento. “A justiça não me deu uma resposta. Sinto como se estivesse vivendo em um pesadelo, tendo dificuldade até para estacionar meu carro”, desabafa.
Com a mudança do poste para um modelo de alta tensão, a moradora teme pela segurança de sua família e de suas visitas. “É perigoso ter um poste de alta tensão tão perto da garagem. O que poderia acontecer em caso de uma tempestade ou um acidente? Não consigo entender por que não consideram nosso bem-estar ao instalar esses postes”, afirma Kelly.
A cobrança da Enel
Além de não oferecer uma solução rápida, a Enel informou a Kelly que a remoção do poste atual implicaria em um custo de cerca de R$ 3 mil. “Eu não tenho esse dinheiro. É injusto ter que pagar para remover algo que me foi imposto e que já atrapalha minha vida”, ressalta a moradora. A cobrança pelo serviço de remoção tem gerado indignação na comunidade local, que clama por uma revisão nas políticas da empresa quanto à instalação e remoção de postes.
Expectativas da comunidade
A situação de Kelly Cristina não é um caso isolado e reflete a preocupação de muitos moradores que enfrentam problemas semelhantes. Comunidades têm se organizado para enviar cartas à Enel, solicitando uma revisão em suas práticas e uma melhor comunicação com os clientes. “É preciso que as empresas respeitem o que é nosso, que olhem para as vidas que são afetadas por essas decisões”, diz um dos representantes comunitários.
Possíveis soluções e encaminhamentos
Enquanto isso, pessoas como Kelly tentam buscar soluções alternativas. Muitas optam por se unir e levar a questão aos meios de comunicação, tentando chamar a atenção das autoridades locais e dos órgãos responsáveis por regulação de serviços públicos. “Acredito que, juntos, podemos fazer algo. Uma voz sozinha pode ser ignorada, mas se formos muitos, seremos ouvidos”, espera a moradora.
Conclusão
A situação de Kelly Cristina destaca um problema cotidiano que pode ocorrer em muitas comunidades urbanas, onde a instalação de serviços essenciais como energia elétrica deve, acima de tudo, considerar também o bem-estar e a segurança da população. Enquanto as empresas como a Enel não encontrarem soluções mais humanizadas e justas para suas políticas de instalação e remoção de postes, histórias como a de Kelly continuarão a surgir, e a frustração de moradores em situações similares poderá aumentar. A espera por mudanças significativas no sistema é uma realidade que muitos brasileiros enfrentam e que merece atenção urgente.