Em uma entrevista rara, Macaulay Culkin, conhecido por filmes como “Home Alone” e “Esqueceram de Mim”, compartilhou detalhes emocionantes sobre sua relação com o comediante John Candy, falecido em 1994, e revelou aspectos sombrios de sua infância. O ator de 45 anos participou do documentário “John Candy: I Like Me”, que estreia na Amazon Prime Video em 10 de outubro.
John Candy, um olhar atento em meio ao caos familiar
Durante a entrevista, Macaulay destacou que John Candy foi um dos primeiros a perceber que seu pai, Christopher “Kit” Culkin, era “um monstro”. “Ele sempre teve um instinto excelente. Antes até do sucesso de ‘Home Alone’, já via como meu pai era difícil”, afirmou Macaulay. “Ele sabia, mesmo sem querer expor, que meu pai não era uma pessoa boa. Quando a fama veio, ele virou um monstro infame.”
Michael explicou que, mesmo antes de sua carreira explodir, John Candy demonstrava preocupação com seu bem-estar. “Ele olhava com atenção, perguntava se eu estava bem, se tudo estava sob controle. Era um cuidado paternal que poucos tiveram comigo”, acrescentou.
O impacto do relacionamento com John Candy na vida de Macaulay
Até seus 14 anos, Macaulay afirmou que queria evitar qualquer contato com seu pai, especialmente após a separação dos pais na década de 1990. Em uma conversa no podcast “WTF with Marc Maron” de 2018, ele chegou a acusar seu pai de abuso físico e mental, descrevendo um ambiente de violência e negligência.
A proteção de John Candy
Em contraste, Macaulay revelou que John Candy foi uma figura de proteção em sua infância. “Ele tinha uma natureza paternal e cuidava de mim enquanto trabalhava em ‘Uncle Buck’. São dessas coisas que ficam na memória”, disse. “Eu gostaria de ter tido mais pessoas assim na minha vida.”
O próprio ator relembra que o filme “Uncle Buck” foi fundamental para sua carreira e que a atuação de John refletia uma parte de sua essência. “Acredito que ele colocou muito de si nesse papel. John sempre foi gentil e ótimo com todos”, comentou.
Legado e importância da amizade
Para Macaulay, a amizade com John Candy não foi apenas profissional, mas uma espécie de refúgio. “Ele avisou, cuidou de mim quando poucos se importaram, e isso marcou minha trajetória”, afirmou. “Embora minha relação com meu pai fosse difícil, John foi uma presença que verdadeiramente passou uma mensagem de cuidado.”
O documentário “John Candy: I Like Me” promete revelar ainda mais detalhes dessa história de carinho e resistência. Para quem deseja entender mais sobre o impacto de John no cinema e na vida de seus colegas, a produção será uma oportunidade de homenagem.
Para denunciar suspeitas de abuso infantil, o serviço do Disque Denúncia pode ser acionado pelo telefone 1-800-422-4453, disponível em mais de 140 idiomas.