Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, descreveu a jornalista Margaret Brennan, da CBS, como “estúpida” em entrevista publicada nesta semana, no que se assemelha ao discurso anti-mídia utilizado por Donald Trump. A declaração ocorreu durante conversa com o portal Daily Caller, em que Trump questionou sua opinião sobre Brennan, apresentadora do programa “Face The Nation”.
Reforço ao discurso anti-mídia
Durante a entrevista, Trump perguntou a Reagan Reese, repórter do Daily Caller, o que achava de Margaret Brennan. Sem hesitar, Leavitt respondeu: “Ela é estúpida. Você pode colocar isso no registro”. Além disso, o ex-presidente classificou Brennan como “má”, ao que Trump concordou. O chefe de Estado também elogiou Marco Rubio, atual secretário de Estado, pelas suas trocas agressivas com a jornalista.
Histórico de ataques à imprensa
Este não é o primeiro episódio em que Leavitt ataca jornalistas. Em recente participação no podcast Ruthless, ela revelou que, junto ao diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, costuma buscar na internet especialistas citados por repórteres, verificar suas filiações políticas e enviar entradas da Wikipedia com o objetivo de desacreditá-los.
Impacto e reações
As declarações inflamadas reforçam a postura de Leavitt alinhada ao discurso de Trump, que frequentemente despreza a mídia tradicional, rotulando muitos veículos e jornalistas como “inimigos do povo”. Especialistas de comunicação alertam que esse tipo de postura pode contribuir para polarizações ainda maiores no cenário político-americano.
Contexto político e eleitoral
Analistas avaliam que ataques pessoais contra jornalistas e veículos de comunicação têm sido estratégicos na tentativa de fortalecer a base de apoio ao ex-presidente e à sua equipe, sobretudo em períodos eleitorais. Ainda não há respostas oficiais de Brennan ou de órgãos de imprensa sobre as declarações.
A discussão sobre a relação entre os representantes do governo e a mídia permanece central no debate político atual dos Estados Unidos, com episódios como esse evidenciando a continuidade de uma narrativa de confronto e desconfiança.