Brasil, 6 de setembro de 2025
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Instituto de Moraes entra na mira das sanções dos EUA

O Instituto Lex, administrado pela família de Alexandre de Moraes, é alvo de novas sanções da Lei Magnitsky nos Estados Unidos.

Recentemente, o Instituto Lex de Estudos Jurídicos, fundado pela mulher e filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou destaque nas discussões sobre possíveis sanções econômicas dos Estados Unidos. A Lei Magnitsky, que visam punir responsáveis por violações de direitos humanos, pode ser ampliada para incluir os familiares do ministro e seu instituto. Essa proposta vem à tona em meio a um cenário tenso envolvendo o governo de Donald Trump, que está debatendo a validade de estender as sanções a pessoas ligadas a Moraes.

O patrimônio do Lex Instituto

De acordo com informações reveladas, o Instituto Lex é proprietário de 11 imóveis avaliados em aproximadamente R$ 12,4 milhões. Entre esses bens, destaca-se a residência de Moraes em São Paulo, a sede do escritório de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, e diversas propriedades localizadas em Campos do Jordão. A concentração de ativos imobiliários sob a égide do instituto é uma das razões pelas quais ele vem sendo considerado um alvo primário nas discussões sobre a ampliação das sanções.

A pressão política por sanções

As novas sanções estão sendo acompanhadas de perto por figuras políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ex-apresentador de TV Paulo Figueiredo. Eles têm sido vocalizadores da necessidade de incluir os familiares de Moraes nas sanções já existentes contra ele. Durante visitas a Washington, discutiram a questão com diplomatas da administração Trump, argumentando que as ações atualmente em vigor contra Moraes se tornariam ineficazes se não fossem expandidas para abarcar também sua família e o Instituto Lex.

O papel do Lex nas negociações internacionais

Conforme revelam fontes, a ampliação das sanções é vista pelos bolsonaristas como uma ferramenta crucial para pressionar e desestabilizar o atual governo. Informações vazadas indicam que, caso as sanções sejam aplicadas, elas poderiam agravar a situação legal de Moraes e de sua família, servindo, assim, como uma forma de retaliação política dentro do cenário conturbado da política brasileira.

A estrutura do Instituto Lex

Fundado em 2000, o Instituto Lex voltou a ganhar notoriedade pública recentemente, principalmente após a transferência de múltiplos bens imobiliários de Moraes para o instituto ao longo dos últimos anos. A maioria dessas transferências ocorreu em 2014, ano em que Moraes começou a se movimentar na política, cogitando candidaturas futuras. Embora o Lex possua uma CNAE designada para “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”, ele não possui registro de atividades jurídicas significativas, o que levanta questões sobre sua real funcionalidade como uma entidade de ensino e legal.

Possíveis repercussões da inclusão do Lex nas sanções

A inclusão do Instituto Lex e dos seus ativos nas sanções dos EUA pode não só afetar a situação financeira da família de Moraes, mas também a própria credibilidade do STF. O governo dos Estados Unidos está atualmente avaliando o impacto que tal medida teria, considerando as alegações de que o instituto pode operar como uma fachada para ocultar patrimônio. Especialistas têm alertado que a ação pode gerar um precedente perigoso e aumentar as tensões políticas entre o Brasil e os EUA, especialmente em um momento em que as relações diplomáticas estão em uma fase delicada.

Reações e futuras implicações

Procurado para comentar sobre estas questões, o ministro Alexandre de Moraes optou por não se manifestar sobre a situação do Instituto Lex ou sobre o mapeamento de propriedades realizado pelo governo americano. O silêncio do ministro alimenta especulações sobre seu futuro no STF e a continuidade das investigações que o cercam. Com a proximidade do término do julgamento do núcleo crucial da chamada trama golpista, previsto para o dia 12 deste mês, a pressão sobre Moraes e sua família tende a aumentar.

Assim, o futuro do Instituto Lex e sua relação com as sanções da Lei Magnitsky podem não apenas transformar o cenário político atual, mas também moldar a história das instituições democráticas brasileiras nos próximos anos.

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