Brasil, 7 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Indulto de Bolsonaro é criticado por Gleisi Hoffmann

No último sábado (6/9), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), não hesitou em criticar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao afirmar que o indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é parte do que considerou ser um “programa de governo” dele. A declaração de Gleisi, que busca destacar os riscos que certas propostas representam para a sociedade, aponta também para o impacto na desigualdade social.

As declarações de Tarcísio e suas implicações

Em uma recente entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio de Freitas mencionou que, caso se torne presidente da República, um de seus primeiros atos seria conceder a Bolsonaro um indulto, já que o ex-presidente enfrenta várias ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao ser perguntado sobre o indulto, o governador respondeu que “seria seu primeiro ato” e considerou a atual situação de Bolsonaro “absolutamente desarrazoada”.

As palavras de Tarcísio provocaram reações imediatas no meio político. Gleisi Hoffmann, em publicação no X (ex-Twitter), refutou a ideia de que o mercado poderia substituir o papel do Estado, destacando que “é o Estado, por meio do governo federal e do governo de São Paulo que vai investir mais de R$ 5 bilhões na maior obra do PAC 2”. Essa obra em questão é a construção do túnel que conectará os municípios de Santos e Guarujá.

A polêmica sobre o indulto

A proposta de indultar Bolsonaro, que ainda enfrenta investigações e processos relacionados à sua gestão e ações pós-presidência, acirra os ânimos em um momento político delicado no Brasil. A ideia de um indulto é vista por muitos como uma tentativa de anistiar comportamentos considerados como abusos de poder. Gleisi ressalta que decisões que promovem desigualdade não se alinham aos interesses da população.

“Se tem algo que séculos de capitalismo ensinaram ao Brasil e ao mundo é que apenas o Estado, governado democraticamente, é capaz de reduzir a desigualdade”, concluiu Gleisi em sua crítica ao governador.

Túnel Santos-Guarujá: O investimento que segue adiante

Enquanto o debate sobre o indulto e a política nacional se intensifica, uma das maiores obras de infraestrutura do estado avança. A empresa portuguesa Mota-Engil venceu o leilão para a concessão de 30 anos do túnel imerso que ligará Santos a Guarujá, na Baixada Santista. Orçado em R$ 6,8 bilhões, o projeto contará com um financiamento que será dividido entre os governos federal e estadual.

Durante o leilão, realizado na sede da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a Mota-Engil ofereceu um desconto de 0,5% da contraprestação pública máxima, que equivale a R$ 438,3 milhões por ano, um valor que o Poder Público irá pagar como subsídio. A concorrente, a espanhola Acciona, apresentou uma proposta de 0% para a contraprestação.

O túnel, que será o primeiro imerso da América Latina, terá 21 metros de profundidade e 860 metros de extensão, contando com seis pistas. A infraestrutura também incluirá uma ciclovia e trilhos para o bonde elétrico, conhecido como Veículo Elétrico sobre Trilhos (VLT), oferecendo uma alternativa de transporte mais sustentável e eficiente na região.

A obra promete não apenas facilitar o deslocamento entre as duas cidades, mas também impulsionar a economia local, gerando empregos e desenvolvimento regional, além de apresentar um desafio à gestão pública, que agora deve focar em como garantir que essas grandes iniciativas sejam sustentáveis e benéficas para a população.

Assim, enquanto a questão do indulto se torna um epicentro de críticas e debates políticos, o avanço do túnel Santos-Guarujá exemplifica como o investimento em infraestrutura pode, em teoria, gerar resultados positivos para a sociedade, mesmo em meio a um clima de incerteza nas relações políticas nacionais.

Em um cenário onde os efeitos de decisões de governo podem se espalhar rapidamente, a união entre políticas sociais e investimentos em infraestrutura é um desafio contínuo para aqueles que aspiram a governança no Brasil.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes