Com o retorno às escolas, viagens de verão e o possível avanço de novas variantes, os Estados Unidos enfrentam uma nova onda de COVID-19, com destaque para regiões no Oeste e Centro-Sul, como Texas, Califórnia, Oregon, Nevada, Novo México e estados próximos. Apesar de a taxa de positividade de testes estar mais baixa na costa Leste, o aumento no número de casos em diversas regiões preocupa especialistas.
CRESCIMENTO DE CASOS NAS REGIÕES DO OESTE E CENTRO-SUL DOS EUA
Segundo a Dra. Sarah Whitley Coles, fundadora do Those Nerdy Girls, a quantidade de registros de COVID está em ascensão em várias comunidades do país, especialmente na linha oeste e na região centro-sul. “Observamos aumento em Houston, Texas, e nos Estados do Texas, Novo México, Oklahoma, Arkansas e Louisiana, conforme dados do CDC,” afirmou a médica Wesley Long, diretor de microbiologia diagnóstica no Houston Methodist Hospital.
De acordo com o infectologista Scott Roberts, da Yale Medicine, as taxas mais altas de positividade de testes estão no Texas — com 17,9% — e na costa oeste, incluindo Washington, Oregon, Califórnia e Nevada, além de Colorado e Dakotas. “Estes locais precisam redobrar cuidados, principalmente em ambientes fechados, e não devem subestimar sintomas como coriza, tosse, febre, dor de cabeça, fadiga ou dor de garganta, assumindo que sejam apenas alergias ou resfriado,” advertiu Roberts.
REGIÕES DO EUA COM TAXAS DE COVID AINDA EM ASCENSO
Atualmente, a taxa de positividade dos testes nos EUA é de 11,2%, com picos de até 17,9% em alguns estados do Centro-Sul. Essa porcentagem indica que há mais casos de COVID do que os testes detectam, uma realidade agravada pelos cortes de financiamento e redução de recursos de monitoramento nos últimos anos, segundo Coles. Em comparação, durante o auge da variante Ômicron, em janeiro de 2022, a taxa chegou a 30%. Assim, embora os números atuais sejam menores, a circulação do vírus permanece forte.
Enquanto isso, a costa Leste apresenta taxas menores, mas também registra tendência de alta de casos, especialmente em estados abaixo do Mississippi. Experts alertam que qualquer sintoma, como nariz entupido ou dor de garganta, deve ser considerado potencialmente relacionado ao COVID-19.
PREVENÇÃO E VACINAÇÃO: MEDIDAS IMPORTANTES PARA A SAÚDE PÚBLICA
Os novos variantes, Stratus e Nimbus, responsáveis pela alta de casos neste verão, não parecem ser mais graves que versões anteriores, mas a infecção ainda pode levar a complicações sérias, como long COVID, hospitalizações e óbitos. “Reforço a recomendação de que todos tomem ações para se proteger, como usar máscara em ambientes fechados, lavar as mãos, evitar aglomerações e vacinar-se sempre que possível,” afirmou Coles.
Atualmente, as vacinas contra COVID são aprovadas pelo FDA para grupos específicos, incluindo pessoas acima de 65 anos e indivíduos com condições de risco. As vacinas são eficazes, seguras e continuam sendo a melhor defesa contra formas graves da doença, destacam especialistas. “Quem não se vacinou recentemente deve considerar fazê-lo, especialmente quem possui condições de saúde como hipertensão, diabetes ou obesidade,” reforçou Long.
RECOMENDAÇÕES PARA A POPULAÇÃO
Independentemente da região, é essencial manter precauções, principalmente ao apresentar sintomas. Fazer um teste de COVID ao primeiro sinal de doença, seguir as orientações médicas e evitar deslocamentos desnecessários são passos fundamentais. Em caso de teste positivo, consultar o médico para possíveis medicamentos antivirais pode reduzir o risco de hospitalização e acelerar a recuperação.
O momento exige atenção redobrada à circulação do vírus, mesmo com os indicadores mais leves que antes, pois a pandemia ainda não acabou. Manter-se informado e seguir as recomendações de saúde é a melhor estratégia para evitar complicações.