Na última semana, internautas perceberam uma imagem de Luigi Mangione, acusado de assassinato e atualmente detido em Nova York, modelando uma camiseta “Ditsy Floral” no site da Shein. A descoberta gerou repercussão e questionamentos sobre o uso de imagens geradas por inteligência artificial por empresas de moda.
Imagem de Mangione na plataforma da Shein é retirada após denúncia
Após as descobertas, a Shein afirmou à ABC News que a imagem foi fornecida por um fornecedor terceirizado e foi imediatamente removida ao ser identificada. “Temos padrões rigorosos para todas as listagens em nossa plataforma e estamos realizando uma investigação detalhada”, afirmou a empresa. Segundo o comunicado.
Como as imagens foram criadas?
Embora a origem exata das fotos ainda seja incerta, há suspeitas de que tenham sido geradas com auxílio de inteligência artificial. Muitos internautas acreditam que Mangione, preso e sem possibilidade de modelar devido ao seu processo judicial, foi retratado através de imagens manipuladas por IA. Utilizando a ferramenta Amazon Rekognition, o BBC apontou uma similaridade de 99,9% entre a imagem falsa e uma foto real de Mangione em audiência, indicando manipulação digital.
Repercussões e debates sobre o caso
Desde a prisão, Mangione tem se tornado uma figura polêmica, com mais de um milhão de dólares arrecadados em crowdfunding, segundo People. A controvérsia gerou discussões sobre corrupção no setor de saúde, ética no uso de IA e os riscos de liberdade de expressão ao envolver figuras públicas em memes ou manipulações digitais.
Reações do público e preocupações éticas
Alguns internautas se mostraram preocupados com a possibilidade de Mangione não conseguir um julgamento justo, considerando o escândalo gerado. Outros questionaram a ética de usar a imagem de uma pessoa incarcerada sem seu consentimento, especialmente se a imagem foi criada por IA. Comentários também apontaram para a necessidade de regulamentações mais rígidas sobre o uso de inteligência artificial na moda e mídia.
Próximos passos e investigações
A Shein anunciou a suspensão das imagens e prometeu reforçar seus processos de fiscalização com a finalidade de evitar futuras utilizações indevidas. A empresa afirmou que irá aprimorar seus mecanismos internos e tomar as medidas cabíveis contra os fornecedores envolvidos. Ainda não há detalhes sobre como as imagens foram produzidas ou distribuídas.
Organizações e especialistas em tecnologia continuam alertando para os perigos do uso desregulado de IA na criação de conteúdo visual. A controvérsia reforça a necessidade de debates mais profundos sobre privacidade, consentimento e manipulação digital no setor da moda e do comércio eletrônico.