Faltando um mês para as provas objetivas do Concurso Nacional Unificado de 2025, agendadas para o dia 5 de outubro, é hora de os candidatos revisarem estratégias de estudo para aumentar as chances de aprovação. Especialistas ouvidos pelo O GLOBO indicam que a reta final deve focar em revisões estratégicas, simulações e cuidados com o bem-estar emocional.
Entendendo as mudanças na banca organizadora do CNU 2025
A segunda edição do CNU é organizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), differente da primeira, realizada pela Cesgranrio. Enquanto a Cesgranrio era conhecida por questões objetivas, a FGV costuma elaborar provas mais analíticas, com textos desafiadores e perguntas que exigem inferência e interpretação aprofundada, explica Letícia Bastos, professora de Língua Portuguesa do Gran Concursos.
Além de textos mais densos, as questões de Língua Portuguesa costumam envolver textos difíceis, mesmo que pequenos, e perguntas que solicitam análise semântica e sintática mais aprofundada, reforça a professora.
Estratégias de estudo na reta final
Compreensão e resolução de questões
Bruno Bezerra, professor do Estratégia Concursos, destaca que a prática com questões de provas anteriores é essencial para manter o ritmo e treinar a interpretação de textos e situações-problema com gráficos, tabelas e imagens. Para ele, a FGV demanda uma preparação que envolva detalhes teóricos, mas também a capacidade de aplicar o conhecimento em contextos diferentes.
Para garantir uma preparação eficiente, é recomendado criar mapas mentais, flashcards e realizar simulados cronometrados, ajudando na gestão do tempo e resistência emocional nesse momento final, aconselha Gabriela Marques, professora do Degrau Cultural.
Priorizar conteúdos e entender o peso das provas
O estudo deve focar nos tópicos que possuem maior peso na prova. Cargos de nível médio, por exemplo, têm 68 questões com peso igual entre conhecimentos gerais e específicos, enquanto cargos de nível superior podem ter questões com pesos diferentes, chegando até 60 pontos em uma área específica, explica Bruno Bezerra. Dessa forma, o planejamento deve ser proporcional ao valor de cada temática, com maior dedicação aos itens que representam maior impacto na nota final.
Para os cargos de nível superior, é comum que certos eixos tenham peso até quatro vezes maior que os conhecimentos gerais, reforça Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos.
Uso de IA na preparação
Professores veem a inteligência artificial como uma ferramenta auxiliar, desde que usada com cautela. Entre as aplicações, estão resumir conteúdos extensos, gerar questões simuladas e revisar textos, afirma Fábio Ribeiro, professor da Rede Zerohum. No entanto, é fundamental verificar as informações geradas, pois podem haver erros conceituais. Para questões de revisão, a IA pode ser prática, mas o uso para aprender algo novo ainda apresenta riscos, alertam especialistas.
Cuidados físicos e emocionais na reta final
Além do estudo técnico, manter uma rotina equilibrada é essencial. Dieta adequada, sono de qualidade e controle emocional ajudam a evitar o esgotamento, dizem os especialistas. Alessandra Augusto reforça que momentos de lazer, atividades físicas leves e técnicas de respiração colaboram para reduzir a ansiedade e recarregar energias.
Levar uma frase de reforço mental e sorrir, mesmo que de leve, ajuda a diminuir a tensão no dia da prova, ensina a psicóloga Alessandra. Ela destaca que o descanso e atividades prazerosas são fundamentais para garantir o desempenho nesta fase final da preparação.
Para mais dicas e estratégias, acesse o material completo publicado pelo GLOBO.
