Brasil, 8 de setembro de 2025
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Polêmica: Nancy Mace justifica saída de reunião com vítimas de Epstein por “ataque de pânico” e gera ironia

Ao abandonar uma reunião com vítimas de Epstein alegando “ataque de pânico”, Nancy Mace atrai críticas e revela contradições em seu posicionamento

Nancy Mace, congressista republicana da Carolina do Sul, saiu cedo de uma reunião fechada com vítimas de Jeffrey Epstein, alegando ter sofrido um “ataque de pânico”. A justificativa gerou reações de ironia, uma vez que a própria Mace já abordou temas relacionados a abusos sexuais de forma bastante emotiva no passado.

Reunião com vítimas e reação de Nancy Mace

Na terça-feira, um grupo de vítimas de Epstein se reuniu com membros do Comitê de Supervisão do Congresso, do qual Mace faz parte, para discutir o andamento das investigações sobre o caso. Apesar de aparentar visivelmente emocionada ao deixar o encontro, Mace não quis falar com os jornalistas na ocasião, posteriormente explicando sua saída em sua conta no X (antigo Twitter).

Na publicação, ela afirmou sentir “a dor imensa de como as vítimas lutam por justiça, porque sabemos que ninguém irá lutar por nós. Deus abençoe todas as sobreviventes”.

A história de Nancy Mace e suas denúncias de abuso sexual

Em fevereiro, Mace fez um discurso na Câmara detalhando acusações de abuso sexual contra ela mesma, envolvendo quatro homens, incluindo seu ex-noivo Patrick Bryant. Os acusados negaram as alegações e uma ação de difamação contra a congressista também foi movida por um dos suspeitos segundo reporte da NBC News.

Neste discurso, ela declarou: “Hoje, estou aqui para denunciar os covardes que pensam que podem se aproveitar das mulheres e sair impunes. Hoje, irei passar por cima de tudo. Que as pontes que queimar hoje iluminem nosso caminho”.

Contradições na postura de Mace diante do caso Epstein e de Trump

Apesar da empatia demonstrada por Mace com vítimas de Epstein, há uma aparente contradição na sua postura com relação ao ex-presidente Donald Trump, um forte aliado político. Em 2023, Trump foi considerado civilmente responsável por assédio sexual em um julgamento que o condenou por abuso sexual de E. Jean Carroll nos anos 90, embora o júri não tenha declarado que ele cometeu estupro, suas ações foram consideradas dentro da definição comum do termo.

Trump tem uma longa história de denúncias por assédio e abuso sexual feitas por diversas mulheres ao longo de décadas. Desde 2017, o HuffPost reúne uma longa lista de acusações contra ele, muitas delas relacionadas a declarações e comportamentos considerados ofensivos e predatórios como as que ele fez em 2005, ao dizer que pode pegar mulheres “pelo p**”.

Ligação de Trump com Epstein e revelações recentes

O relacionamento de Trump com Epstein também levanta suspeitas, apesar de sua forte negação de qualquer envolvimento em abusos. Trump foi visto mencionando Epstein em momentos públicos e há relatos de que seu nome aparece repetidamente nos arquivos do caso, que recentemente foram tornados parcialmente públicos segundo informações da Wall Street Journal.

Na terça-feira, o Comitê de Supervisão disponibilizou milhares de documentos relacionados a Epstein, embora de forma confusa, numa pasta do Google Drive, o que tem sido alvo de críticas pela dificuldade de acesso às informações

Repercussão e ironia na posição de Nancy Mace

A justificativa da “ataque de pânico” por parte de Mace ao sair da reunião com vítimas de Epstein despertou criticismos na internet. Especialistas e usuários destacam a contradição entre sua empatia pelo caso e seu vínculo político com Trump, cuja história de denúncias de assédio, inclusive com um desfecho judicial recente, contrasta com sua aparente sensibilidade às vítimas.

Envolvida até o momento na defesa de figuras ligadas ao ex-presidente, Mace é vista por alguns como uma representante que demonstra uma postura seletiva diante de casos de abuso, dependendo de quem seja o acusado ou do alinhamento político.

Para quem deseja ampliar o entendimento sobre o tema, recomenda-se a leitura do artigo completo na HuffPost, que detalha o episódio e aponta as contradições públicas da congressista.

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