Brasil, 6 de setembro de 2025
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Polêmica marca saída emocional de Nancy Mace de reunião com vítimas de Epstein

A deputada republicana Nancy Mace (R-S.C.) deixou uma reunião fechada com vítimas do sexólatra Jeffrey Epstein, ocorrida nesta terça-feira em Washington, e chamou atenção ao parecer visivelmente abalada e chorando enquanto abandonava o local. Ela posteriormente explicou sua saída emocional em sua conta no X, afirmou sentir a dor das vítimas e pediu bênçãos a todos os sobreviventes.

Reação e controvérsia diante do episódio

Mace, membro do Comitê de Supervisão, participou do encontro com vítimas de Epstein, mas abandonou a sala antes do fim, alegando ter sofrido um “ataque de pânico”. A sua saída gerou questionamentos, especialmente porque ela não quis falar com jornalistas na hora.

“Sinto a imensa dor de como todos os sobreviventes lutam por si mesmos, porque sabemos que ninguém mais vai lutar por nós. Deus abençoe todos os sobreviventes”, escreveu ela posteriormente no X. Ainda assim, críticos apontam a ironia na circunstância, considerando suas posições anteriores.

Histórico de posições de Nancy Mace e suas revelações

Em fevereiro passado, Mace fez um discurso na Câmara denunciando quatro homens, incluindo seu ex-noivo, Patrick Bryant, por suposta agressão sexual e gravações sem consentimento. Todas as acusações foram negadas pelos envolvidos, e uma das partes entrou com processo de difamação contra ela.

Na ocasião, declarou: “Hoje, eu denuncio os covardes que acham que podem se aproveitar de mulheres e escapar impunes. Hoje, eu vou enfrentar com tudo — e que as pontes queimar nesta noite iluminem o caminho adiante.” Esses episódios reforçam seu posicionamento combativo em relação a abusos sexuais.

A contradição com o apoio a Donald Trump e o caso Epstein

Apesar de denunciar abusos, Mace demonstra uma lealdade tão forte ao então presidente Donald Trump, que evidencia uma incoerência, dada a relação dele com Epstein. Em 2023, Trump foi condenado em processo civil por abusar sexualmente a escritora E. Jean Carroll na década de 1990 — uma acusação que, embora não tenha sido classificada como estupro por jurados, foi considerada dentro do que se entende como abuso sexual.

Trump, que já confessou publicamente ter feito comentários de conotação sexual inadequada às mulheres, é lembrado por diversas denúncias de assédio e abuso, incluindo uma lista publicada pelo HuffPost em 2017, com 25 nomes de mulheres que alegaram ter sido vítimas ao longo de décadas.

Conexões de Trump e Epstein sob suspeita

Além das acusações, Trump tem uma relação documentada com Epstein, inclusive com a troca de cartões de aniversário do financista condenado, o que aumenta o paradoxo na postura de Mace — defensora dos direitos das vítimas, mas fiel ao ex-presidente com ligações controversas.

Embora Trump negue qualquer envolvimento nos crimes de Epstein, a administração de Trump foi criticada por relutar em divulgar integralmente os arquivos do caso, que, recentemente, foram tornados públicos pelo Comitê de Supervisão da Câmara em uma pasta no Google Drive, contendo milhares de documentos oficiais já acessíveis anteriormente.

Perspectivas futuras y desdobramentos

A divulgação dos documentos pode oferecer novas informações sobre o envolvimento de figuras públicas e autoridades no caso Epstein, inflamando debates sobre transparência e justiça. Enquanto isso, a postura emocional de Nancy Mace continua gerando discussões sobre suas reais intenções e consistência na defesa das vítimas.

Para quem busca apoio, recomenda-se consultar a linha direta online da RAINN ou o site do Centro Nacional de Recursos sobre Violência Sexual.

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