O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que as obras do túnel ligando Santos e Guarujá devem ser iniciadas no final deste ano. O grupo português Mota-Engil venceu nesta sexta-feira (5) o leilão para a construção da obra.
Impactos e expectativa com o túnel Santos Guarujá
Segundo o ministro, que participou do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a obra deve gerar cinco mil empregos diretos e “mudar completamente a radiografia da mobilidade urbana na Baixada Santista”.
“Como vocês sabem, hoje o cidadão, para sair de Santos e ir para o Guarujá, demora entre 45 minutos a 1h15 em média. E agora, com o túnel pronto, vai demorar entre 3 ou 5 minutos para fazer esse trajeto. Isso vai ampliar a logística das operações, vai fortalecer o turismo de negócios e o turismo de lazer”, destacou o ministro.
O governo federal também dialoga com o governo de São Paulo para realizar, em breve, outro leilão destinado às obras no litoral paulista: o do Porto de São Sebastião. A previsão, conforme o ministro, é que ocorra no primeiro trimestre de 2026.
Parceria e críticas ao projeto
Durante o leilão, autoridades dos governos federal e paulista reforçaram que a construção do túnel contará com aporte público dividido entre os entes federativos. Contudo, o vice-presidente Geraldo Alckmin criticou a proposta do governo paulista de privatizar o Porto de Santos.
“Só estamos aqui porque o Porto [de Santos] não foi privatizado, pois isso estava no programa de privatizações. Mas o que está viabilizando essa obra do túnel é a Autoridade Portuária, que está conduzindo a execução com parceria público-privada”, afirmou Alckmin. A Autoridade Portuária é um órgão público responsável pela gestão e fiscalização do porto.
O ministro Márcio França, do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, explicou que os recursos virão da própria Autoridade Portuária, e não da União. Já Tarcísio de Freitas disse que questões políticas devem ficar de lado em prol dos interesses do cidadão, destacando que o projeto de estudos para o túnel existe há mais de 100 anos, e que a fase de estudos reforça o valor da obra.
Reação da população e garantias
Durante o evento, moradores de uma comunidade de Santos fizeram protesto do lado de fora, manifestando preocupação com possíveis desapropriações. O governado Tarcísio garantiu diálogo com as famílias afetadas e assegurou que ninguém será deixado sem moradia adequada.
“Os moradores não serão abandonados. O contrato prevê opções de moradia na mesma cidade, com casas iguais ou melhores, assegurou Tarcísio, reforçando o compromisso do governo com o diálogo transparente.
O ministro Tarcísio de Freitas destacou ainda que as questões políticas devem ser deixadas de lado para o avanço da obra, reforçando o benefício para a mobilidade e o desenvolvimento regional.
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