Brasil, 5 de setembro de 2025
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Mota-Engil vence leilão do túnel Santos-Guarujá

A Mota-Engil foi a vencedora do leilão para construir o maior túnel submerso da América Latina, ligando Santos e Guarujá, por R$ 6,8 bilhões.

Nesta sexta-feira (5), a construtora portuguesa Mota-Engil conquistou a concessão para construir e operar o túnel Santos-Guarujá, uma obra prometida há mais de 100 anos na Região Metropolitana de São Paulo. O projeto, que visa desafogar o trânsito na região portuária, terá investimento de aproximadamente R$ 6,8 bilhões e contará com apoio financeiro do governo federal e do estado.

Detalhes do projeto e vencedora do leilão

A vencedora, a Mota-Engil, ofereceu um desconto de 0,5% na contraprestação anual que o poder público pagará ao longo de 30 anos de concessão. O pagamento máximo previsto é de R$ 438,3 milhões por ano. Saiba mais sobre a empresa vencedora do leilão para construir o túnel Santos-Guarujá.

O leilão contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Márcio França (Empreendedorismo). A iniciativa envolveu várias gestões e foi marcada por negociações que duraram meses.

Impactos e benefícios da obra

Com 1,5 quilômetros de extensão, esta será a primeira travessia submersa do Brasil e a maior da América Latina. A estrutura ajudará a aliviar o trânsito na rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055) e nas balsas, além de proporcionar maior capacidade de escoamento para o Porto de Santos, que atualmente sofre com congestionamentos frequentes de caminhões.

As obras devem começar em 2026, com previsão de inauguração dos primeiros acessos e obras de mobilidade em 2030, enquanto a entrada em operação completa e definitiva está prevista para 2038, conforme projeções do governo paulista. A proposta inclui três faixas de rolamento por sentido, uma delas adaptada para veículos leves sobre trilhos (VLT), além de ciclovia e passagem para pedestres na parte central.

Etapas da construção e financiamento

A construção será iniciada em um modelo de dock seca, onde as estruturas de concreto pré-moldado serão fabricadas fora d’água, depois transportadas até o local, niveladas e submersas. A estrutura inclui o túnel, acessos urbanos e edifícios administrativos.

O custo total da obra é estimado em R$ 6,8 bilhões, sendo que o aporte máximo do setor público será de R$ 5,14 bilhões, divididos igualmente entre a União e o governo de São Paulo. Quando pronto, o sistema de pedágio adotará a cobrança pelo sistema free flow, com valores previstos inicialmente de R$ 6,15 por travessia para veículos mais simples, sujeita a reajustes ao longo do tempo.

Importância histórica e parcerias

O projeto do túnel Santos-Guarujá tem raízes que remontam à década de 1920, quando surgiu a primeira ideia de uma ligação seca entre as cidades. Diversos ex-governadores prometeram realizar a obra ao longo dos anos. A decisão de construção por túnel, e não por ponte, foi fundamentada em estudos que apontaram maior segurança e menor vulnerabilidade às condições climáticas extremas.

Segundo o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, a parceria entre os governos federal e estadual foi fundamental para a realização do projeto. Ele destacou ainda o papel do Ministério dos Transportes e do relacionamento entre as gestões do presidente Lula e do governador Tarcísio de Freitas.

Próximos passos e expectativas

Após o leilão, a expectativa é que os estudos de viabilidade, licenciamento e preparação do solo sejam concluídos nos próximos anos. As obras estão previstas para iniciar em 2026, com previsão de operação completa só em 2038. O projeto representa uma das maiores políticas de infraestrutura do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), que busca modernizar a logística do país.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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