Brasil, 5 de setembro de 2025
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Investidores de CDBs do Banco Master: o que fazer após veto do BC

Saiba como ficam seus investimentos em CDBs do Banco Master após decisão do BC e quais são as perspectivas para os investidores.

O Banco Central (BC) vetou a venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB), gerando incerteza entre investidores e colocando em risco a liquidez dos títulos de renda fixa emitidos pelo banco privado. Analistas apontam os cenários possíveis para a situação, além de esclarecer dúvidas sobre o que os investidores podem esperar e quais medidas podem ser adotadas.

O que o veto do BC significa para os investidores

Com a negativa do BC, os investidores dos CDBs do Banco Master enfrentam um cenário de instabilidade. Segundo analistas, sem a aprovação da venda, as alternativas se limitam a uma intervenção ou liquidação do banco, ou à busca por um novo interessado no mercado, o que ainda é improvável. O risco de contaminação de ativos ruins pelos ativos saudáveis da instituição preocupa o BC, mesmo com a separação de ativos duvidosos.

Possíveis caminhos após o veto

De acordo com especialistas, o primeiro cenário é a intervenção ou liquidação do banco, caso o BC entenda que a operação representa risco ao sistema financeiro. Como segunda opção, estaria a busca por um novo comprador, ou o próprio BRB refazendo sua proposta — embora isso seja considerado mais difícil após a decisão do BC.

Impacto nos investidores de CDBs e o papel do FGC

Os CDBs do Banco Master estão sendo negociados a uma taxa de cerca de 20% ao ano no mercado secundário, indicando que muitos investidores estão vendendo seus papéis. Em caso de liquidação, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante até R$ 250 mil por investidor, por instituição financeira, incluindo também recursos em Letras de Crédito (LCIs, LCAs), depósitos à vista e poupança.

Como funciona o ressarcimento do FGC

O FGC pode ser acionado se o BC decretar intervenção ou liquidação do banco. Nesse caso, o ressarcimento ocorre após informações detalhadas do liquidante ou interventor, com pagamento feito em até 48 horas após assinatura do termo. O prazo máximo para solicitar o ressarcimento é de cinco anos, a contar da intervenção.

Possíveis efeitos do veto e o futuro do Banco Master

De acordo com especialistas, a decisão do BC demonstra que a operação de venda não era tecnicamente viável, mesmo com a separação de ativos. Assim, o risco de intervenção ou liquidação cresce, dificultando ainda mais a recuperação do banco e elevando a insegurança para os investidores.

Pesquisadores e profissionais do mercado destacam que o valor dos ativos do Banco Master foi parcialmente excluído da operação com o BRB, e que a chance de uma venda de ativos em partes é considerada mais realista. O cenário mais provável agora é a intervenção do BC, com a nomeação de um interventor e medidas para sanear a instituição.

O que esperar do comportamento do mercado

O desempenho financeiro do Banco Master no primeiro trimestre apresentou lucro de R$ 57,7 milhões, uma queda de 3% em relação ao mesmo período de 2024. Ainda assim, o mercado sinaliza desconfiança, com negociações de títulos como CDBs a taxas elevadas, além de queda nos preços no mercado secundário devido às incertezas.

Já o Banco de Brasília (BRB) reportou lucro líquido de R$ 518 milhões no primeiro semestre, crescimento de 461,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e demonstra interesse em continuar negociando a aquisição, caso o BC relâmpague suas razões. O controle do Banco Master segue incerto, e há forte pressão de mercado para uma resolução definitiva.

Mais informações podem ser acessadas na reportagem detalhada do GLOBO.

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