Brasil, 7 de setembro de 2025
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Giorgio Armani, o lendário estilista italiano que revolucionou a moda, morre aos 91 anos

Giorgio Armani, ícone da moda italiana e referência global, faleceu aos 91 anos na sua casa, encerrando uma carreira de sucesso de quase meio século.

Giorgio Armani, o renomado estilista italiano que transformou o conceito de elegância discreta em um império de bilhões de dólares, morreu nesta quinta-feira (11), aos 91 anos, em sua residência em Milão. A notícia foi confirmada pela própria casa de moda do designer, que afirmou que Armani estava com saúde fragilizada e passou seus últimos dias em paz.

Legado e trajetória de uma figura icônica

Nascido em Piacenza, em 11 de julho de 1934, Armani sonhava inicialmente em se tornar médico, mas uma experiência como decorador de vitrines em Milão o levou ao mundo da moda. Em 1975, fundou sua marca com Sergio Galeotti, com quem vendeu seu carro para iniciar a sua trajetória no prêt-à-porter masculino. A partir do sucesso da jaqueta sem forro, símbolo de sua inovação, Armani colocou o estilo italiano na vitrine internacional.

Seu estilo diferenciado, caracterizado por silhuetas relaxadas e paleta urbana, conquistou Hollywood e os grandes centros de negócios do mundo, tornando-se sinônimo de praticidade e sofisticação. Armani também revolucionou o universo feminino ao criar o famoso “power suit”, que marcou uma geração de empresárias na década de 1980.

Impacto cultural e presença no cinema

O envolvimento de Armani com Hollywood colocou seu nome em destaque nas estrelas do cinema. O filme clássico “American Gigolo” de 1980 foi decisivo para consolidar seu sucesso, com Richard Gere vestindo Armani e conquistando o coração do público. A parceria com o cinema rendeu a Armani mais de 200 créditos em trilhas sonoras de filmes e uma inclusão na “Rodeo Drive Walk of Fame” em 2003.

Empreendimento além da moda

Ao longo de sua carreira, Armani expandiu sua marca para além das roupas, com perfumes, cosméticos, móveis e até chocolates. Sua empresa, avaliada em mais de US$ 10 bilhões, possui mais de 600 lojas no mundo todo e uma equipe de mais de 9.000 funcionários. Armani também investiu em bens culturais e de lazer, incluindo restaurantes, bares e um time de basquete, o EA7 Emporio Armani Milan.

Estilo e personalidade

Sua estética era marcada pela atenção ao detalhe, por um senso de elegância fácil e uma abordagem prática. Armani costumava dizer: “Eu desenho para pessoas reais. Não há virtude em criar roupas que não sejam práticas”. Sua postura discreta e seu sorriso sincero contrastavam com a força de sua marca, que permaneceu independente ao longo dos anos.

O impacto social e o compromisso filantrópico

Além do sucesso profissional, Armani dedicou-se a causas sociais, especialmente na luta contra AIDS e na ajuda a refugiados, sendo nomeado em 2002 embaixador voluntário das Nações Unidas. Sua filantropia refletia seus valores pessoais e seu desejo de retribuir por suas conquistas.

Legado e sucessão

Sem filhos, Armani foi sempre acompanhado de perto por sua sobrinha Roberta, que abandonou uma carreira no cinema para cuidar da sua relação pública e representar o estilista em eventos sociais. No processo de sucessão, Armani tinha planos de passar o bastão ao seu responsável pela linha masculina, Leo Dell’Orco, e à sua sobrinha Silvana Armani para a linha feminina.

Giorgio Armani deixa um legado de inovação, estilo e elegância minimalista que moldou gerações e influenciou a moda mundial, permanecendo uma referência eterna no universo fashion.

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