Giorgio Armani, o renomado estilista italiano que transformou a elegância sutil em um império global, morreu em sua residência aos 91 anos, confirmou sua casa de moda. Armani, que não esteve na Milan Fashion Week em junho de 2025 devido a questões de saúde, foi uma figura imprescindível na história da moda, apoiando tendências como o blazer sem forro e o terno power nos anos 1980.
Legado de simplicidade e sofisticação
Começando com uma jaqueta sem forro, calças simples e uma paleta urbana, Armani colocou o estilo italiano ready-to-wear no mapa internacional no final dos anos 1970. Sua silhueta relaxada e elegante conquistou Hollywood, as investidas do executivo ao red carpet e as ruas ao redor do mundo, firmando-se como um símbolo de moda acessível, porém sofisticada.
A ascensão e o impacto na moda
Desde a criação do icônico blazer sem forro na década de 1970 até as peças de alfaiataria que marcaram os anos 80, Armani foi pioneiro ao introduzir o conceito de “easy elegance”, priorizando o conforto e a praticidade sem abrir mão do estilo. Seus ternos masculinos e conjuntos femininos, considerados os “power suits”, ajudaram a definir a mulher e o homem de negócios da época.
Hollywood e o mundo do espetáculo
O filme “American Gigolo” (1980), estrelado por Richard Gere vestido Armani, impulsionou ainda mais sua popularidade, levando sua marca às telas de cinema e às celebridades. O estilista marcou presença em mais de 200 filmes, conquistando o prêmio de uma estrela na Calçada da Fama de Rodeo Drive em 2003. Grandes nomes como Jodie Foster, George Clooney, Brad Pitt, Anne Hathaway e David Beckham foram seus fiéis seguidores.
Empreendedor de sucesso e diversificação
O império Armani, avaliado em mais de US$ 10 bilhões, vai além das roupas, englobando perfumes, cosméticos, objetos para o lar, chocolates, livros, flores e até times de basquete, como a equipe EA7 Emporio Armani Milan. A marca conta com mais de 600 lojas ao redor do mundo e uma rede global de mais de 9 mil funcionários.
Vida pessoal e filantropia
Apesar de evitar festas, Armani dedicava seu tempo a viagens de descanso na Itália, na Córsega e em Saint-Tropez. Engajado em causas sociais, apoiou campanhas contra AIDS e foi nomeado em 2002 embaixador da ONU para refugiados. Sua sobrinha Roberta, responsável por suas relações públicas, foi uma figura próxima e participou de eventos clássicos, como o casamento de Tom Cruise e Katie Holmes em 2006.
Legado e sucessão
Antes de sua morte, Armani revelou que pensava em uma sucessão liderada por seu responsável pelo prêt-à-porter masculino, Leo Dell’Orco, e sua sobrinha Silvana Armani, à frente do departamento feminino. Mesmo sem filhos, Armani deixou um legado de estilo, elegância e inovação na moda mundial.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost e reafirma o papel de Giorgio Armani como uma lenda viva, cujo impacto transcende o universo fashion, inspirando gerações e consolidando a moda italiana no cenário global.
