Desde o dia 3 de abril, a vida de Lília Cruz, uma mãe de Itaguaí na Baixada Fluminense, transformou-se em um pesadelo. Seu filho, José Miguel da Cruz Costa, apenas 16 anos, desapareceu após sair da escola. O caso, que abalou a rotina da família, ainda não teve desfecho e Lília clama por notícias de seu filho.
O desaparecimento e as circunstâncias
De acordo com relatos de Lília, na manhã do desaparecimento, ela levou José Miguel até o Ciep João Conceição Canuto, onde o adolescente cursava o 2º ano do ensino médio. Por volta do meio-dia, uma notificação alarmante chegou até Lília: “tia, a senhora é mãe do José Miguel?”, disseram pessoas que bateram à sua porta. Assim que a mãe confirmou, foi informada que seu filho havia sido abordado na praça da escola por homens armados vestindo roupas pretas.
“Corri para o local, sem saber o que fazer. Quando cheguei, não encontrei mais nada. Ele já havia desaparecido”, relembra a mãe, claramente angustiada. Na ocasião do sequestro, José Miguel estava trajando uma camisa branca, calça jeans, mochila e tênis pretos. O celular do adolescente foi bloqueado logo após o ocorrido, dificultando ainda mais a busca por informações.
Buscas e investigações sem respostas
Após registrar a ocorrência na delegacia de Itaguaí, a família procurou o adolescente em hospitais e abrigos, além de checar em unidades do IML da região. Até agora, todas essas buscas não resultaram em informações concretas sobre seu paradeiro. Para Lília, a situação só se agrava, pois a falta de resposta das autoridades se torna frustrante. “Eu aleguei que havia câmeras de segurança na área, mas não enviaram viaturas para verificar. Todo o processo parece estancado e sem empenho real”, desabafa a mãe.
A dor e a insegurança trazidas pela incerteza são palpáveis no relato de Lília. “Se eu soubesse que ele estava, pelo menos, em um lugar e que tivesse se machucado, eu já teria a paz de saber onde ele está. É uma covardia”, afirma, com lágrimas nos olhos, ressaltando a urgência por respostas.
A responsabilidade das autoridades
O caso de José Miguel está sob responsabilidade do Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A Polícia Civil, em comunicado recente, informou que Lília prestou uma nova declaração e que as investigações continuam. Contudo, para a família, a sensação é de que o tempo passa em vão e a dor da ausência é cada vez mais intensa.
Um clamor por justiça
“Não é só meu filho, são muitos filhos que desaparecem todos os dias e as mães não têm respostas. Precisamos de justiça e de uma ação mais efetiva das autoridades”, afirma Lília, que não perde a esperança de reencontrar seu filho. O apelo por informações sobre o paradeiro de José Miguel se estende por meio das redes sociais e da comunidade, que se solidariza com a dor da família e busca meios de ajudar.
A cada dia que passa, o desespero de Lília cresce e a esperança se transforma em um clamor: “Se alguém souber de alguma informação, por favor, entre em contato. Não queremos que essa história termine assim. Precisamos de socorro”, desabafa, deixando claro que cada dia sem notícias se transforma em um novo desafio emocional.
O caso de José Miguel ressalta a importância de se discutir questões de segurança, proteção à infância e responsabilidade das autoridades em situações de desaparecimento. Enquanto isso, a luta por justiça e por respostas continua, não apenas para Lília, mas também para tantas outras mães que enfrentam situações semelhantes.
Quem tiver informações sobre José Miguel da Cruz Costa pode entrar em contato com a família ou com as autoridades competentes.