Brasil, 7 de setembro de 2025
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Empresário que matou gari pediu ajuda a ex-coronel da PM

No caso do assassinato de Laudemir, empresário Renê Júnior foi incriminado por homicídio e revelou conversas intrigantes com um coronel.

No dia 11 de agosto, o empresário Renê Júnior, confesso assassino do gari Laudemir de Souza Fernandes, foi abordado por policiais militares em uma academia de luxo em Belo Horizonte (MG). Durante esse momento, Renê buscou auxílio de um coronel da reserva da Polícia Militar, o que gerou grande repercussão. O crime, que chocou a comunidade, destoa da ideia de que o poder aquisitivo pode facilitar a impunidade.

Detalhes do crime

O assassinato de Laudemir ocorreu no bairro Vista Alegre, enquanto ele trabalhava na coleta de lixo. Testemunhas relataram que Renê demandou a retirada de um caminhão que obstructava a passagem de seu veículo elétrico. Após uma breve discussão, ele desceu do carro e disparou contra Laudemir, atingindo-o na região da costela. O gari foi rapidamente socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos, com a causa do óbito sendo identificada como hemorragia interna.

Horas após o crime, Renê foi preso durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, em uma academia, onde se encontrava normalmente. No entanto, o que chamou atenção foi a mensagem que enviou ao coronel, revelando seu estado mental e a tentativa de contato para buscar apoio: “Amigo, você poderia me ajudar? Estou cercado por PMs dizendo que cometi um homicídio.”

Conversa com o coronel

A troca de mensagens entre Renê e o coronel da reserva sugere uma tentativa de minimizar a gravidade da situação. O coronel orientou o empresário a manter a calma e afirmou que a abordagem dos policiais deveria ser cautelosa. Apesar de seu estado de nervosismo, Renê questionou: “Nem imagino quem seja, dizendo que matei um gari.” As mensagens evidenciam o nível de tensão e o desespero do empresário no momento da abordagem.

O coronel, em resposta, indicou que estava ciente da situação em conhecia o procedimento padrão que a Polícia Civil seguiria. “Estou surpreso. Desculpe ter incomodado, meu presidente”, afirmou Renê, enquanto o coronel assegurava que tudo seria esclarecido. Esse diálogo, que faz parte da investigação policial, levanta sérias questões sobre as relações entre civis e militares.

Investigações em curso

Após a prisão, Renê foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, além de ameaças e porte ilegal de arma. O caso gerou grande comoção, trazendo à tona a discussão sobre privilegiados que tentam explorar suas conexões para escapar das consequências legais. Além da investigação do homicídio, a conduta da delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê e também envolvida na situação, está sendo analisada, especialmente em relação à possível obstrução de Justiça, uma vez que Renê a orientou a esconder uma arma durante suas conversas.

A suspeita de que a delegada tenha tentado facilitar a situação do marido aumenta a preocupação sobre a pressão que membros da polícia podem teoricamente exercer sobre processos legais, especialmente em casos de enorme repercussão social. O diálogo entre Renê e sua esposa é alarmante, onde ele especificamente orienta a entrega de uma pistola que não era a utilizada no crime e alega: “Amor, eu não fiz nada. Estava no lugar errado e na hora errada.”

Repercussão e continuidade do caso

Este caso não só levantou questões sobre violência e homicídio, mas também acerca da corrupção e das relações entre a polícia e indivíduos com poder econômico. A pressão sobre a Polícia Civil para que a verdade seja descoberta é enorme, já que a sociedade demonstra uma vigilância maior para evitar que casos similares passem impunes.

A sequência das investigações nos levará a entender melhor a importância de responsabilizar não só aqueles que perpetram a violência, como também aqueles que tentam encobri-la. Na próxima audiência, a expectativa é de que novas provas sejam compartilhadas e as verdadeiras intenções por trás das mensagens de Renê e sua esposa sejam reveladas.

Enquanto isso, a memória de Laudemir de Souza Fernandes permanece viva na comunidade, que clama por justiça e por mudanças reais nas estruturas de poder que muitas vezes protegem os favorecidos em detrimento da verdade.

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