Brasil, 5 de setembro de 2025
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CPMI do INSS aprova rastreamento de visitas do Careca do INSS

A CPMI do INSS decidiu rastrear entradas de Antônio Carlos Camilo Antunes, gerando polêmica no Congresso.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os desvios de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou na última quinta-feira (4/9) o rastreamento das entradas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, no Congresso Nacional. Essa proposta provocou descontentamento entre os membros do Legislativo, que temem ser implicados na investigação, caso se descubra que o gabinete de algum deles foi visitado pelo lobista no contexto das fraudes investigadas.

O polêmico requerimento

O requerimento que levou à aprovação do rastreamento foi apresentado pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA), que contou com o apoio de outros parlamentares preocupados com a amplitude do escândalo. Antes desta aprovação pela CPMI, a entrada do Careca do INSS já havia sido objeto de polêmica no Congresso, quando um pedido de acesso via Lei de Acesso à Informação (LAI) foi negado pelo Senado, que impôs um sigilo de 100 anos sob a justificativa de que as informações eram de “caráter pessoal”.

Deputado Duarte Jr. na abertura da CPMI do INSS

Fazendo eco às preocupações de seus colegas, alguns deputados e senadores se manifestaram nos bastidores contra a ideia de rastrear as visitações, indicando que não realizam controle rigoroso sobre quem entra em seus gabinetes e que muitas vezes oferecem café e água a quem pede uma audiência. Além disso, eles expressaram a preocupação de que um indivíduo poderia afirmar que estava visitando um congressista e, posteriormente, buscar outros contatos livremente.

Objetivos da CPMI

A CPMI, ao aprovar essa nova medida, visa averiguar as possíveis relações do Careca do INSS com os membros do Parlamento. O requerimento já estabeleceu que sejam obtidos registros de entradas no Senado desde 2011 e na Câmara desde 2015, juntamente com as gravações das câmeras de segurança do Congresso. Os integrantes da CPMI se mostram esperançosos de conseguir esses dados, mesmo diante do sigilo imposto pelo Senado, argumentando que a comissão possui o poder de investigação e que a recusa não poderia ser uma opção.

Janela para mais investigações

Além do Careca do INSS, a CPMI também aprovou o rastreamento das visitas de outros nove suspeitos. Os nomes listados estariam presumivelmente ligados a entidades associativas que supostamente fazem parte do esquema de fraudes verificado, incluindo a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social (AAPPS Universo).

Durante a mesma sessão, os parlamentares foram unânimes ao aprovar convites para que ministros da Previdência desde 2015 compareçam à CPMI, bem como a convocação do Careca do INSS e dos presidentes do órgão nos últimos dez anos. O desdobramento dessas ações pode ter repercussões significativas, não apenas para os investigados, mas também para a credibilidade das instituições envolvidas.

Conclusão

Com a CPMI do INSS em operação, a expectativa é de que mais informações venham à tona, revelando as intricadas relações que podem existir entre os parlamentares e o esquema de fraudes. Enquanto isso, o tema continua a gerar debates acalorados em Brasília, colocando em pauta questões fundamentais sobre a transparência e a responsabilidade dos representantes do povo.

O futuro das investigações e a possibilidade de mais revelações continuarão a ser acompanhados de perto pela sociedade brasileira, que aguarda por respostas e pela responsabilização de possíveis envolvidos neste escândalo.

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