A nova presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Kirsty Coventry, fez uma importante divulgação nesta sexta-feira, anunciando a formação de grupos de trabalho que se concentrarão em três novas áreas de atuação. As temáticas envolverão a evolução do programa olímpico, o futuro dos Jogos Olímpicos da Juventude (JOJ) e a criação de um modelo econômico mais sustentável para a organização. Essa mudança, parte de um movimento mais amplo, busca promover a inclusão e o inter-relacionamento entre diversas federações esportivas e o público moderno.
Evolução do programa olímpico e inclusão de modalidades
Compreendendo a relevância do programa esportivo nos Jogos, o COI afirmou que os grupos trabalharão para encontrar um “equilíbrio” entre a “qualidade” das competições e a inclusão ou exclusão de esportes, dependendo de seu apelo e popularidade no cenário global. A busca por essa “inclusão” é um reflexo do mundo contemporâneo, onde os jovens esperam que suas práticas esportivas favoritas sejam representadas nas grandes competições.
Além disso, esses novos grupos se somam a iniciativas já anunciadas anteriormente, que se concentram em reformular o método de seleção das sedes dos Jogos Olímpicos e abordar o tema da proteção da categoria feminina. Esse tópico, especialmente relevante em função do recente retorno dos testes de cromossomos no atletismo, natação e boxe, será discutido em profundidade por especialistas e líderes de pensamento.
Objetivos dos novos grupos de trabalho
Dentro dessas novas diretrizes, o foco principal será não apenas a inclusão de novas modalidades, mas também a expectativa de se redefinir o papel das já existentes. A presidente Kirsty Coventry ressaltou que o COI está comprometido em trabalhar para adaptar os Jogos às expectativas da nova geração, garantindo que os protagonistas do futuro, os jovens atletas, tenham seu espaço nas Olimpíadas.
Para liderar o grupo responsável pela análise do programa olímpico, Karl Stoss, presidente da Federação Austríaca de Esportes, foi nomeado. Ele contará com a colaboração de figuras icônicas do esporte, como Sebastian Coe, presidente da World Athletics, e Allyson Felix, medalhista de ouro e defensora dos direitos das atletas femininas no esporte.
Impacto dos Jogos Olímpicos da Juventude
Outro ponto importante a ser discutido pelos novos grupos é o futuro dos Jogos Olímpicos da Juventude (JOJ). Considerando que permitir que os jovens atletas mostrem seu talento é essencial para o crescimento do esporte, o COI pretende desenvolver estratégias que tornem esses Jogos mais populares e acessíveis.
Para isso, medidas inovadoras de marketing e parcerias comerciais serão exploradas. O COI acredita que, por meio do aumento do apelo e do engajamento do público com os Jogos Olímpicos da Juventude, a base de novos atletas e fãs de esportes será solidificada em todo o mundo.
Modelo econômico sustentável para o COI
Um terceiro grupo de trabalho será responsável por desenvolver um modelo econômico sustentável para o COI, que provavelmente se concentrará em gerar receitas de forma mais inovadora e menos tradicional. Isso se torna cada vez mais relevante diante dos desafios financeiros que muitas organizações esportivas enfrentam atualmente.
O COI busca criar novidades que não apenas tornem os Jogos mais atraentes comercialmente, mas também sustentáveis a longo prazo, considerando o impacto ambiental e social de grandes eventos esportivos. A integração de novas tecnologias e o incentivo à participação do público serão parte deste novo enfoque.
Com estas mudanças, a presidente Kirsty Coventry e sua equipe demonstram um compromisso real de promover um COI mais inclusivo e adaptável, que reflete a diversidade e as necessidades da sociedade contemporânea. A trajetória para as Olimpíadas de Paris em 2024 certamente contará com um contexto mais rico e companheiro, que valoriza tanto o espírito competitivo quanto o amor pelo esporte.
O público, sem dúvida, aguarda ansiosamente as evoluções que esses grupos de trabalho trarão para a quadra esportiva global, enquanto atletas e interessados debatem as transformações necessárias para que os Jogos Olímpicos se mantenham relevantes e inspiradores para as novas gerações.
Por fim, a proposta do COI de modernizar o programa olímpico e promover a inclusão reflete as mudanças na sociedade e na forma como o esporte é encarado globalmente, revelando o potencial que as Olimpíadas têm para não só entreter, mas também unir diversas culturas por meio do amor ao esporte.
