O Brasil deixou de ser um fenômeno no futebol, mas desde 2014 está no topo de outro esporte, o surfe. Com uma impressionante coleção de oito títulos conquistados no Circuito Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês) em apenas 11 anos, cinco atletas diferentes se destacaram, formando o que é conhecido como a “Brasil Storm”. O estado com mais campeões é São Paulo, seguido pelo Rio Grande do Norte e Paraná.
Os campeões que marcaram a história do surfe brasileiro
O primeiro título do Brasil no Circuito Mundial de Surfe veio em 2014, com o sebastianense Gabriel Medina, que não só conquistou a taça de campeão na época, como também foi o melhor do mundo em 2018 e 2021. Medina, nascido em São Sebastião, litoral de São Paulo, foi criado na famosa praia de Maresias, que se tornou seu campo de treinamento e inspiração.
Em 2015, outro paulista brilhou no surfe mundial. Adriano de Souza, mais conhecido como Mineirinho, natural de Guarujá, também subiu ao lugar mais alto do pódio. Mineirinho foi um dos precursores na construção do legado brasileiro no surfe, mostrando ao mundo a qualidade e o talento dos surfistas brasileiros.
Outro destaque é o potiguar Ítalo Ferreira, que conquistou seu título em 2019. Nascido na cidade de Baía Formosa, no litoral do Rio Grande do Norte, Ítalo também se destacou nas Olimpíadas, trazendo mais visibilidade e conquistas para o esporte. Seu estilo inovador e ousado o tornou um favorito entre os fãs de surfe.
A nova geração de campeões
Nos anos de 2022 e 2023, o surfe brasileiro viu mais um paulista conquistar o título de melhor do mundo: Filipe Toledo. Nascido em Ubatuba, no litoral de São Paulo, Toledo agregou mais dois títulos à já renomada história do Brasil no surfe, confirmando a força do estado na formação de campeões.
Por fim, o mais novo campeão, Yago Dora, trazendo mais diversidade ao grupo de vencedores, nasceu em Curitiba, no Paraná. Embora sua cidade de origem não seja litorânea, Yago encontrou em Florianópolis (SC) o cenário perfeito para desenvolver suas manobras e estilos únicos. Em 2025, ele foi coroado campeão, adicionando seu nome à lista respeitável de surfistas brasileiros de classe mundial.
O impacto da pandemia na competição
É importante ressaltar que, devido à pandemia da Covid-19, o campeonato mundial não ocorreu em 2020. Essa interrupção fez com que o contexto do esporte mudasse temporariamente, mas, mesmo assim, a força do Brasil no surfe continuou a brilhar. Durante essa fase, o único não-brasileiro a vencer o circuito foi o havaiano John John Florence, que conquistou o título em 2016, 2017 e 2024.
A trajetória dos surfistas brasileiros e suas conquistas no Circuito Mundial de Surfe mostram não apenas a habilidade técnica e a dedicação dos atletas, mas também fortalecem a imagem do Brasil como uma potência no cenário esportivo global. Com muitos novos talentos se destacando, o futuro do surfe brasileiro parece mais promissor do que nunca, e as expectativas para os próximos campeonatos são animadoras.
À medida que o Brasil se estabelece como um dos líderes do surfe mundial, continua a inspirar novas gerações de surfistas, expandindo ainda mais a rica herança desse esporte no país.
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