Brasil, 5 de setembro de 2025
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Banco Central veta compra do Banco Master pelo BRB

O Banco Central rejeitou a compra do Banco Master pelo BRB, mudando o discurso do governador Ibaneis Rocha sobre a negociação.

Na última quarta-feira (3), o Banco Central do Brasil (BC) determinou a rejeição da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A decisão provocou uma mudança de tom no discurso do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que, anteriormente otimista, agora assumiu uma postura mais cautelosa em relação à operação. Em entrevista à TV Globo, Ibaneis afirmou: “Não conhecemos ainda os fundamentos. É uma operação complexa que envolve muitos interesses e pressões de toda natureza.”

A negociação e suas implicações

A negociação em questão envolveu a compra de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e 58% do capital total do Banco Master pelo BRB. Em março, quando a operação foi anunciada, Ibaneis destacou a importância da transação, mencionando que isso poderia resultar em mais dividendos para o banco público e, consequentemente, mais recursos para investimentos em obras necessárias na cidade. “Isto tem um significado muito grande para a população do Distrito Federal”, disse o governador na época.

Por outro lado, a situação mudou quando o BC vetou a aquisição. Ibaneis se mostrou cauteloso, levando em consideração a complexidade da transação e a falta de informações que poderiam embasar uma análise mais abrangente sobre o Banco Master. “Precisamos ver os fundamentos que podem até trazer alguma análise do Master que não tivemos acesso”, completou o governador.

A postura do governador

No passado, Ibaneis havia expressado confiança na operação durante uma viagem a Dubai, afirmando que a compra oferecia pouco risco ao BRB e poderia trazer desenvolvimento para a cidade. “Eu pedi ao Paulo [Henrique Costa, presidente do BRB] que deixasse essa fatia [precatórios] no Master de fora. E isso aconteceu. A operação hoje tem pouco risco para o BRB”, declarou. Essa mudança de discurso pode ser vista como uma tentativa de administrar as expectativas diante do veto do BC.

Desdobramentos políticos

A rejeição de compra do Banco Master pelo BRB não apenas afeta a situação financeira do banco, mas também reverbera na política local. Em agosto, por exigência da Justiça, foi enviado um projeto de lei sobre a compra em caráter de urgência à Câmara Legislativa, que foi aprovado rapidamente e sancionado pelo governador. Essa agilidade gerou questionamentos por parte da oposição, que entrou com um mandado de segurança pedindo a suspensão da tramitação do texto.

O Banco de Brasília é uma sociedade de economia mista e seu acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal, detendo 71,92% das ações. A instituição desempenha um papel crítico, operando como agente financeiro para o desenvolvimento da região, além de ser responsável pelo pagamento de servidores e aposentadorias, oferecendo créditos e financiamentos locais e operacionalizando diversos programas sociais.

O papel do BRB no desenvolvimento do DF

O BRB é destacado pela sua atuação como um agente financeiro do Tesouro do Distrito Federal, sendo fundamental para a implementação de políticas públicas e programas de desenvolvimento econômico, social e ambiental. A instituição, que atualmente atende a cerca de 9,6 milhões de clientes — mais de três vezes a população do Distrito Federal — também tem um papel ativo na revitalização de espaços turísticos e no repasse de recursos da arrecadação de impostos ao Tesouro local.

Com a negativa do Banco Central, o BRB enfrenta novos desafios e questões sobre sua estratégia de crescimento e desenvolvimento no Distrito Federal. A questão da compra do Banco Master, além de ser um tema econômico, se entrelaça com as dinâmicas políticas e sociais da região, levantando um série de dúvidas e expectativas entre a população e os investidores.

O que esperar do futuro?

A análise do futuro do BRB e do Banco Master agora passa por um momento de incerteza. Observadores do mercado e pesquisadores devem ficar atentos às próximas declarações do governador e a eventual reavaliação da situação entre as autoridades regulatórias. O cenário pode evoluir para novas tentativas de negociação, mas dependerá da disposição de ambos os lados para dialogar e encontrar soluções que beneficiem o desenvolvimento do Distrito Federal.

Leia mais sobre a situação do BRB e do Banco Master nas próximas notícias e atualizações em nosso portal.

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