Brasil, 4 de setembro de 2025
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União Brasil e PP rompem com governo Lula e pressionam ministros

Partidos pedem saída de ministros do Turismo e Esportes após críticas a Lula e formação de federação.

O recente anúncio de rompimento do União Brasil e do PP com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, feito na última terça-feira (2), intensificou a pressão sobre os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esportes) para que deixem suas funções. A ameaça de expulsão paira sobre ambos, porém, sem uma ação imediata. Os partidos, que formalizaram a criação de uma federação, acordaram um prazo de 30 dias para essa decisão, visando cumprir compromissos e finalizar emendas que ainda estão em trâmites.

Pressão e estratégia dos partidos

De acordo com fontes próximas a Antonio Rueda, presidente do União Brasil, e Ciro Nogueira, senador do PP, as críticas direcionadas ao governo do PT não impedirão as legendas de usufruírem de suas influências na Esplanada dos Ministérios enquanto não formalizarem o rompo. A intenção é assegurar a regularização de algumas pendências antes de oficializarem a saída. Um membro da cúpula da federação comentou: “Resolver algumas coisas, acertar uns empenhos”.

A importância das emendas parlamentares

Em 2024, o Ministério do Turismo recebeu R$ 850 milhões em emendas parlamentares, enquanto o Ministério dos Esportes foi contemplado com R$ 1,3 bilhão – valores que superam consideravelmente o orçamento aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, que gira em torno de R$ 3,1 milhões. A pressão para a saída dos ministros, portanto, esbarra na necessidade de garantir esses recursos antes que uma mudança de gestão ocorra.

Consequências da saída dos ministros

Caso Sabino e Fufuca sejam forçados a deixar seus cargos agora, a falta de tempo atrapalharia a organização de sua saída e a consideração das emendas restantes. A prioridade é assegurar que todas as pendências sejam resolvidas e que os acordos com parlamentares, prefeitos e outros líderes políticos sejam mantidos.

Reuniões e a estratégia de permanência

Ainda que o ultimato dos partidos Exija decisões rápidas, aliados de Lula demonstram ceticismo quanto à possibilidade dos ministros se afastarem de imediato. Ambos, alertados por Lula, atenderam a apelos para uma possível permanência na administração, considerando que suas movimentações em suas respectivas siglas podem comprometer futuras candidaturas ao Senado em 2026, onde esperam contar com o apoio do presidente.

Impacto do contexto político

O tempo para que União Brasil e PP formalizem sua ruptura é limitado e deve ser analisado em conjunto com a crise que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O momento do anúncio do rompimento foi intensamente calculado, especialmente após críticas abertas de Lula a Rueda em reuniões ministeriais, que apressaram os líderes partidários a tomar decisões.

Indicações e cargos em estatais

Ambos os partidos ainda possuem indicações em várias estatais, mas, para evitar perder essas posições, a nota da federação esclarece que a saída se aplica apenas a quem estiver com “mandatos eletivos”. O PP, por exemplo, detém a presidência da Caixa Econômica Federal, cargo dirigido por Carlos Vieira, cuja permanência deve ser assegurada pelo apoio de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.

Expectativas e ceticismo

Embora a federação alegue ruptura, a realidade política mostra que a manutenção dos cargos é um fator crucial para ambições futuras de ambos os partidos. As articulações continuam, e a tensão entre os aliados do governo e os membros da oposição deve seguir em alta, especialmente por conta das expectativas eleitorais que se aproximam.

Ainda assim, o enredo político no Brasil está longe de ser simples, e a situação irá se desenvolver nas próximas semanas à medida que a pressão sobre os ministros aumenta. “Estamos atentos e sabemos que mudanças podem ocorrer a qualquer momento”, conclui um membro próximo ao governo.

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