Brasil, 4 de setembro de 2025
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Tragédia em Lisboa reacende debate sobre manutenção de elevadores

Moradores e sindicatos criticam falhas na manutenção de elevadores, enquanto Carris afirma seguir protocolos rigorosos

Moradores do centro histórico de Lisboa alertaram ontem, no dia da tragédia que resultou na queda de um elevador, que a manutenção dos equipamentos não vinha sendo realizada adequadamente. Enquanto isso, a empresa Carris, responsável pelo transporte público na cidade, garante que todas as inspeções e manutenções estão em dia, gerando divergências em relação às causas do acidente.

Questionamentos sobre manutenção e denúncias de negligência

Moradores afirmaram à reportagem do “Página 1” que os elevadores na região, incluindo o da estação da Glória, apresentavam sinais de deterioração e falta de cuidado. O dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), Manuel Leal, revelou ter feito várias denúncias sobre a falha na manutenção dos elevadores da cidade. “Os trabalhadores têm reportado há anos que a manutenção deveria voltar à responsabilidade deles, pois hoje é realizada por uma empresa contratada pela Carris”, afirmou Leal à agência de notícias Lusa.

Segundo relatos, há anos que os funcionários da própria Carris vinham alertando para problemas relacionados à alta tensão dos cabos de sustentação e às condições precárias dos equipamentos. Uma das hipóteses levantadas pela investigação é que o rompimento de um cabo teria sido a causa do acidente fatal.

Responsabilidade pela manutenção e versão oficial da Carris

A manutenção dos elevadores é de responsabilidade de uma empresa terceirizada contratada pela Carris, que, de acordo com o presidente da companhia, Pedro Bogas, realiza inspeções mensais, semanais e diárias. “O protocolo de manutenção foi rigorosamente seguido. Há 14 anos, essa manutenção é feita por uma empresa externa, que garante a segurança dos elevadores”, afirmou Bogas em entrevista. Ele também garantiu que, no fim de 2024, o equipamento passou por uma inspeção geral.

Entretanto, o jornal digital “Página 1” destacou que o contrato da Carris com a empresa de manutenção teria expirado em 31 de agosto, levantando dúvidas sobre a continuidade e o cumprimento das obrigações contratuais. Em resposta, a Carris informou que “têm sido cumpridos todos os programas de manutenção mensal, semanal e também a inspeção diária” e que abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.

Investigações em andamento e possíveis consequências

A Polícia Judiciária está responsável por apurar as causas do rompimento do cabo, principal linha de investigação até o momento. A dúvida central permanece: houve negligência ou falha na manutenção que possa ter evitado a tragédia?

Este episódio reacende o debate sobre a segurança dos equipamentos públicos na cidade e a responsabilidade das empresas privadas por sua manutenção. A expectativa é que as autoridades esclareçam as circunstâncias do acidente e reforcem, se necessário, os protocolos de segurança das operações.

Perspectivas futuras

Até o momento, as investigações continuam, e tanto as autoridades quanto a Carris afirmam estar colaborando na apuração. Especialistas lembram da importância de inspeções constantes e da responsabilidade compartilhada entre empresas e órgãos públicos para garantir a segurança de todos.

Para mais detalhes, consulte o relatório completo disponível no Globo.

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