A peregrinação realizada pelo Apostolado Internacional de Fátima, que teve início em 1º de julho em Reggio Calabria e se encerrou no dia 31 de agosto em Verona, trouxe uma mensagem de esperança e carinho aos detentos italianos. Com o objetivo de oferecer conforto e apoio durante o verão, período considerado mais difícil para os encarcerados, a viagem marcou uma importante iniciativa de aproximação aos que se encontram em situações vulneráveis.
A iniciativa inspirada no Jubileu de 2025
Essa ideia nasceu da leitura da Bula “Spes non confundit”, proclamada pelo Papa Francisco, que pediu um gesto concreto de proximidade aos detentos. O Padre Vittorio De Paoli, assistente nacional do Apostolado, compartilhou que já haviam visitado prisões anteriormente, mas que desta vez queriam ser os protagonistas da ação. “A esperança encontra na Mãe de Deus a sua maior testemunha”, enfatizou o sacerdote.
Uma jornada emocional nas penitenciárias
A viagem partiu da prisão de Arghillà e teve paradas em várias instituições penitenciárias, como Vibo Valentia, Saluzzo, e Ferrara, além de visitar clínicas e comunidades de acolhimento. O Padre De Paoli comentou sobre a diversidade das realidades enfrentadas em cada instituição: “A vida interna de uma prisão depende muito da administração e dos detentos, mas o mundo do voluntariado foi uma grande surpresa, repleto de compaixão e dedicação.”

A mensagem de amor e acolhimento de Maria
A assídua imagem que acompanhou a peregrinação é uma das estátuas oficiais, conforme as diretrizes de Irmã Lúcia, que leva a luz e mensagem de paz a todos. O secretário do Apostolado expressou a importância dessa viagem, ressaltando que “Maria ama seus filhos, mesmo aqueles que erraram”. Ele também enfatizou o convite para que os detentos transformem suas vidas nas prisões em oportunidades de crescimento pessoal e espiritual.
A música que une corações
Durante a peregrinação, uma “guitarra do mar”, feita de madeira de barcos que naufragaram em Lampedusa, proporcionou momentos especiais de oração e reflexão. Essa guitarra, que já foi tocada pelo cantor Sting, ajudou a cantar e rezar com os detentos, unindo suas vozes em lembrança aos migrantes que perderam a vida no mar. “Foi um momento de profunda emoção, onde todos se ajoelharam diante de Maria”, relatou o Pe. Vittorio. Ele ressaltou que a música trouxe não apenas alegria, mas também uma oportunidade de cura e esperança para todos os presentes.
Essa peregrinação de Nossa Senhora de Fátima não apenas representa uma iniciativa caridosa, mas também uma maneira de reafirmar que todos são dignos de amor e esperança, independentemente de suas circunstâncias. Ao espalhar a mensagem de acolhimento e perdão, o Apostolado Internacional de Fátima promove um importante diálogo sobre a reintegração social dos detentos e o valor da misericórdia em nossas vidas.
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