Na esteira da controversa biografia de Michael Jackson, um novo capítulo da discussão surgiu após comentários do ator Colman Domingo, que interpretará Joe Jackson no filme. A comparação com a produção e a participação de Paris Jackson, filha do rei do pop, reacenderam debates sobre autenticidade e representação do artista.
Polêmicas em torno do biografia de Michael Jackson
O aguardado biopic de Michael Jackson, cuja estreia está prevista para o próximo ano, enfrenta dificuldades na produção. Informações recentes indicam que o terceiro ato será regravado devido a representações consideradas excessivamente sensacionalistas, que violem um acordo judicial dos anos 90 relacionado às acusações de abuso infantil contra o artista. O filme contará com Colman Domingo no papel de Joe Jackson, enquanto Jaafar Jackson, sobrinho do cantor, interpretará Michael. A produção busca equilibrar a narrativa, mas ainda atrai críticas por sua abordagem.
Comentários de Colman Domingo e a presença de Paris Jackson
Durante o Festival de Cinema de Veneza, Colman Domingo participou de um evento beneficente organizado pelo amfAR, onde também esteve Paris Jackson, de 27 anos. Em entrevista à revista People, o ator declarou que Paris e seu irmão, Prince, estavam “muito apoiando” o projeto. Ele afirmou ainda que se sentia “feliz” de estar com Paris na ocasião, além de mencionar que ela teria contribuído de forma “muito útil” durante as gravações.
Porém, Paris Jackson não deixou as declarações passarem em branco. Em sua conta do Instagram, ela respondeu com tom de desdém, dizendo: “não fiquem dizendo que eu era ‘ajudante’ no set de um filme do qual não participei nem 1% lol isso é muito estranho.” Ela também comentou que apenas deu opiniões sobre o roteiro inicial, mas que suas observações não foram consideradas, afastando-se do projeto.
Confirmação de distanciamento
Em um vídeo subsequente, Paris reforçou que sua participação foi mínima e que não deseja ter envolvimento na produção. “Só dei feedback no primeiro rascunho, e depois que percebi que minhas sugestões não seriam levadas em conta, me afastei. Não é meu projeto, então deixei pra lá”, disse ela. Ela destacou ainda que muitos fãs irão gostar do filme, que, segundo ela, pende para uma versão “fantasiosa” da história de seu pai, cheia de inverdades.
Críticas à honestidade e ao retrato de Michael Jackson
Comparando o filme com outras produções biográficas, como “Bohemian Rhapsody” e “The Dirt”, Paris afirmou que o filme de Michael é uma “terra de fantasia”, onde a narrativa é controlada e cheia de equívocos. Ela declarou que não gosta de mentira e que tentou dialogar, mas foi ignorada. “Vocês podem gostar do filme, mas quero estar fora disso”, concluiu.
Ela também esclareceu que sua relação com os fãs de seu pai não é marcada por ressentimentos ou rejeições ocultas. “Não é minha verdade achar que odeio meu pai ou quero distância dele. Prefiro honestidade a vendas e lucro”, afirmou, reforçando seu desejo de manter sua privacidade e evitar o agridoce debate que o filme tem suscitado.
Perspectivas futuras na controvérsia
O lançamento do biopic de Michael Jackson promete ser um momento de intensos debates, não apenas sobre a história do artista, mas também sobre a maneira como ela é retratada na mídia. A relação delicada de Paris Jackson com o filme e seu suporte às suas próprias condições representam a complexidade envolvendo a memória do rei do pop.
O filme ainda aguarda sua estreia, mas a controvérsia já coloca um foco maior sobre sua narrativa e impacto na cultura pop. Enquanto isso, as discussões continuam entre fãs, críticos e os próprios envolvidos na produção.
